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24 de abril de 2025

Produção industrial do Ceará cresce 2,6% em maio e supera média nacional

Os setores de produtos de metal, com 31,4%; e confecção, com 27,1%, registraram as maiores variações na comparação do acumulado
No acumulado do ano, a indústria cearense apresenta crescimento de 6,5%. Resultado do Ceará está bem acima da média do País. Foto: Ascom/SDE

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A produção industrial cearense apresentou crescimento de 2,6% em maio de deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. O resultado supera o nacional, que registrou -1,2%. Os números são do Observatório da Indústria/SFIEC, com base nos dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (12). No acumulado de 2024, a elevação estadual foi ainda melhor: 6,5% contra 2,6% do registrado na dinâmica nacional. Os setores de produtos de metal, com 31,4%; confecção, com 27,1%; e couro e calçados, que apresentaram juntos 25,2%, registraram as maiores variações na comparação do acumulado de maio de 2024 com o mesmo período de 2023.

“Esses resultados demonstram que a economia do Ceará segue em crescimento. Temos trabalhado de forma estratégica para atrair cada vez mais investimentos para nosso estado e, com isso, ampliar a geração de emprego e renda aos cearenses”, celebrou o governador Elmano de Freitas.

Também no mês de maio, o Ceará gerou quase 7 mil novos postos de trabalho, melhor resultado da série histórica. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, ao todo, 6.956 pessoas puderam comemorar o ingresso nas novas oportunidades de trabalho geradas. O número coloca o estado como o segundo maior gerador de empregos do Nordeste, atrás somente da Bahia (8.785).

PECÉM

Na última terça-feira (9), Elmano de Freitas participou do lançamento de ações que visam melhorar a estrutura do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), considerado o principal indutor da economia cearense no segmento. Entre as medidas, estão a ordem de serviço para construção de rotatória de acesso ao portão 2 do Porto; liberação de R$ 3,9 milhões para construção de alças de acesso entre as CE-085 e CE-155; e a implantação do 5G em todo o Complexo por parte da empresa Brisanet.

NACIONAL

No âmbito nacional da passagem de abril para maio, a produção industrial brasileira recuou 0,9%, com retração em nove dos 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. As maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Sul (-26,2%) e Espírito Santo (-10,2%). Na comparação com maio de 2023, a indústria caiu 1,0% e as taxas negativas foram verificadas em sete dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado em 12 meses houve alta de 1,3%, com 12 dos 18 locais analisados mostrando resultados positivos.

“É o segundo resultado negativo seguido da indústria, acumulando perda de 1,7% nesse período. Fatores macroeconômicos vêm impactando na produção industrial. Apesar da melhora do mercado de trabalho, com redução da taxa de desemprego, e do aumento do rendimento médio dos trabalhadores, os juros continuam em um patamar elevado. Isso leva a um encarecimento do crédito, atingindo diretamente a cadeia produtiva pelo lado da oferta, e afeta a renda disponível das famílias, retraindo o consumo. A inflação também influenciou”, explicou Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

No sentido oposto, Rio Grande do Norte (25,8%) foi responsável pela alta mais intensa em maio. A explicação para esse desempenho vem das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel), confecção de artigos do vestuário e acessórios (blusas, camisas e semelhantes de uso feminino e bermudas, jardineiras, shorts e calças de uso masculino) e produtos alimentícios (castanha de caju beneficiada, sorvetes e picolés e farinha de trigo). Goiás (8,5%), Bahia (6,8%), Maranhão (6,8%), Santa Catarina (5,8%), Rio de Janeiro (5,0%), Pernambuco (3,5%), Região Nordeste (3,1%), Ceará (2,6%), Mato Grosso (2,3%) e São Paulo (0,7%) foram os outros locais que avançaram nesta comparação.

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