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7 de dezembro de 2024

Produção da Petrobras reduz cerca de 3% em um mês

Estatal registra queda de 3,2% na produção do mês passado na comparação com outubro, para 2,645 milhões de barris óleo equivalente por dia
Foto: Beatriz Boblitz

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A produção de petróleo e gás natural no Brasil caiu em novembro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras, principal produtora brasileira, registrou queda de 3,2% na produção do mês passado na comparação com outubro, para 2,645 milhões de barris óleo equivalente por dia (boe/d).

A produção de petróleo da estatal ficou em 2,044 milhões barris diários (bpd), queda de 3,08% ante outubro, e a de gás natural foi reduzida em 3,8%, para 95,5 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d). Em novembro, a produção total no país foi de 3,978 milhões de boe/d, 4,8% abaixo do resultado de outubro, quando foram produzidos 4,2 milhões de boe/d.

Considerando apenas a produção de petróleo, a queda foi de 4,6%, totalizando 3,095 milhões de bpd, enquanto a produção de gás natural ficou em 140,3 milhões de m3/d, redução de 5,63% contra o mês anterior. A produção da região do pré-sal também despencou em novembro, para 2,964 milhões de boe/d, queda de 5,6% contra outubro, sendo 2,326 milhões de bpd de petróleo, com queda mensal de 5,3%, e 101,3 milhões de m3/d, menos 6,6% do que um ano antes.

A produção do pré-sal em novembro representou 74,51% do total, ante 75,17% em outubro, voltando ao patamar de setembro.

GASOLINA TEM QUEDA
O valor médio da gasolina recuou 1,06% em dezembro ante novembro, quinta baixa mensal consecutiva, aponta o Índice de Preços Ticket Log (IPTL). O combustível pode ser encontrado nos postos com preço de R$ 5,27. Desde a primeira redução, no mês de julho, quando a média era de R$ 6,50, a queda já alcançou 19%. Já o etanol apresentou alta em dezembro, encerrando o período com o preço médio de R$ 4,31, um incremento de 0,61% ante o mês anterior.

“Ainda que o etanol esteja 22% mais barato que a gasolina, quando analisamos o custo por quilômetro rodado, este último segue sendo mais vantajoso em todos os Estados do Brasil, com exceção do Mato Grosso, onde o etanol custa R$ 0,45 por quilômetro, enquanto a gasolina sai por R$ 0,47, considerando desempenhos médios de 8,5 km/L para etanol e 11,5 km/L para gasolina”, observa Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Na análise por Região, o Norte se destacou com as médias mais altas para os dois combustíveis. Apesar do recuo de 0,47%, a gasolina foi encontrada a R$ 5,45 nos postos locais, enquanto o preço médio registrado para o etanol foi de R$ 4,61, após redução de 0,30% em comparação a novembro.

O Sudeste é a região com a gasolina mais barata do país, a R$ 5,10, após queda de 0,31% no último mês. Já o etanol mais em conta foi registrado no Centro-Oeste. Apesar da alta de 0,84%, o valor médio na Região para o combustível é de R$ 3,97.

No recorte por Estados, Roraima foi o que apresentou os maiores valores do Brasil para os dois combustíveis. O etanol, com média de R$ 5,15, teve redução de 3,56% no último mês; já a gasolina aumentou 0,19% no estado e é encontrada a um preço médio de R$ 5,89. Entre os combustíveis mais baratos do País estão a gasolina encontrada no Amazonas, a R$ 4,85, após a redução de 4,26%; e o etanol da Paraíba, que apesar do aumento de 4,05%, registrou média de R$ 3,77.

Ao comparar as variações de alta e baixa por Estado, o IPTL destaca a Paraíba com o maior aumento para o etanol. O combustível teve acréscimo de 4.05% no estado, passando de R$ 3,62 para R$ 3,77. Já para a gasolina, o maior incremento (+ 3 04%) aconteceu no Amapá, com médias passando de R$ 5,17 para R$ 5,32. Em se tratando de redução, a registrada em Roraima, de 3,56%, foi a menor do Brasil para o etanol, enquanto para a gasolina a maior queda, de 6,06%, aconteceu na Bahia, onde o combustível passou de R$ 5,67 para R$5,33.

“De acordo com o último levantamento da Ticket Log, apesar de ter a média de preço mais vantajosa em apenas um estado, por ser produzido a partir da cana-de-açúcar ou milho, o etanol é capaz de reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas e, por esse motivo, é considerado ecologicamente mais viável”, reforça Pina.

Estadão Conteúdo

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