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9 de outubro de 2024

Primeiro debate ao Governo do Ceará tem equilíbrio entre propostas e embates

Capitão Wagner, Elmano de Freitas e Roberto Cláudio - três melhores colocados na disputa até o momento, segundo pesquisas registradas na Justiça Eleitoral - foram convidados
Foto: Natinho Rodrigues

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Nesta segunda-feira, 29, a TV Cidade realizou o primeiro debate com candidatos a governador do Ceará destas eleições. Os três melhores colocados na disputa até o momento, segundo as pesquisas de intenção de voto registradas na Justiça Eleitoral (JE), foram convidados: Capitão Wagner (UB), Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT).

Os postulantes dividiram seus tempos de discurso entre apresentação de propostas e embates com adversários.
Segurança pública e saúde foram os temas mais abordados. Wagner destacou pontos do seu plano de governo que tratam sobre a segurança, como o fortalecimento de medidas de inteligência na polícia cearense para o combate a facções criminosas. O deputado federal licenciado lembrou, ainda, da carreira como policial pelo Interior do Estado e prometeu que distritos com mais de três mil habitantes terão policiamento fixo.

Já Elmano afirmou que quer ampliar o sistema de videomonitoramento no Ceará, que atualmente conta com 3,5 mil câmeras. Além disso, manifestou o interesse em criar um Centro Integrado de Segurança Pública. Roberto Cláudio, por sua vez, classificou o Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) como “um ganho” dos últimos anos, política que quer universalizar por todo o Estado.

A apresentação de propostas levou aos primeiros atritos entre os candidatos. Ainda na seara da segurança pública, Elmano lembrou da participação de Wagner no motim da Polícia Militar do Ceará (PMCE), em 2020. O deputado estadual licenciado foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE) que investigou a atuação de associações militares no episódio.

FÔLEGO A EMBATES

A menção a lideranças políticas estaduais e nacionais deu fôlego aos embates. Enquanto Elmano e Roberto reforçaram a ligação de Wagner com o presidente Jair Bolsonaro (PL), o candidato do UB acusou o primeiro de se apoiar em “padrinhos políticos” e o segundo de tentar se desvencilhar de Camilo Santana (PT), a quem o seu grupo político foi aliado por 16 anos.

Wagner preferiu contornar o assunto, dizendo que o foco do debate devia ser sobre gestão. Já Elmano disse: “Não tenho padrinho, tenho irmão de projeto”, referindo-se ao ex-governador Camilo Santana (PT) e ao presidenciável Lula (PT), figuras que reforçam a sua campanha de rua e nas mídias. Roberto Cláudio apostou em atacar as posições dos dois adversários.

“Enquanto um fica se sustentando o tempo todo nos padrinhos, o outro esconde o seu padrinho. O meu padrinho é o povo cearense”, afirmou o pedetista, que não citou o nome de Ciro Gomes (PDT) em nenhum momento do debate – assim como Lula, Ciro Gomes concorre à Presidência da República.

ÁREA DA SAÚDE

A saúde pública também foi objeto de debate entre os três candidatos. Elmano de Freitas lembrou sobre o seu projeto de ampliação da rede de tratamento de câncer no Ceará, com adequação dos hospitais regionais para receber pacientes com a doença. Ao ser questionado por Wagner sobre políticas para a promoção de saúde mental, o petista disse que essas unidades ofertarão esse tipo de serviço.

O candidato do UB mencionou tópico do seu plano de governo que trata sobre a parceria com comunidades terapêuticas e sobre criação de uma rede interiorizada de tratamento da saúde mental. Já Roberto Cláudio prometeu a construção de um Hospital do Câncer em cada uma das cinco regiões de saúde do Estado, proposta atacada por Elmano, que disse que a iniciativa seria uma espécie de desperdício de tempo, uma vez que precisaria do período de construção das unidades prometidas por RC.

*A repórter assistiu ao debate nos estúdios, a convite da emissora.

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