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21 de abril de 2025

Prefeitura de Fortaleza realiza mutirão de atendimentos contra hanseníase; saiba mais

Em casos de suspeita da doença, o usuário deve procurar um dos 118 postos de saúde da Capital
Foto: Divulgação/CMFor

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A Prefeitura de Fortaleza anunciou que vai realizar um mutirão de atendimentos para pacientes com hanseníase neste final de janeiro. Com a iniciativa, as Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) vão promover uma programação especial com realização de testes rápidos, em caso de suspeita da doença, além de ações educativas sobre sintomas para a hanseníase, nos postos de saúde e nos territórios. O Dia Mundial de Combate à Hanseníase é celebrado em 26 de janeiro.

No fim deste mês, nos dias 29 e 30, vai ser realizado o seminário “diagnóstico e acompanhamento da pessoa acometida por hanseníase: um olhar atento e cuidadoso“, em parceria com a NHR Brasil e a Universidade Federal do Ceará (UFC). O público-alvo serão médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde de Fortaleza. Já entre os dias 31 de janeiro, 1º  e 2 de fevereiro, vão ser realizados mutirões para a conscientização e prevenção da doença. Durante tais dias, os postos das regionais de saúde IV, V, e VI vão realizar avaliações neurológicas simplificadas e exames físicos com palpação de nervos periféricos para a identificação prévia da doença em pacientes sintomáticos. Em 2023, na capital cearense, foram identificados cerca de 270 novos casos de hanseníase

A DOENÇA E COMO PROCURAR ATENDIMENTO

Doença crônica e infectocontagiosa, a hanseníase tem como agente etiológico o Mycobacterium leprae, que infecta os nervos periféricos. Devido a tal acometimento, um dos principais sintomas é a alteração de sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e/ou espessamento de nervo periférico, com possibilidade de desenvolvimento de neuropatias, o que pode causar incapacidades físicas e perdas funcionais.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra por meio próximo e prolongado, via tosse e espirro. O infectado que não está recebendo o tratamento é a principal fonte de contaminação. Assim que o tratamento é iniciado, ele deixa de transmitir a doença, não havendo necessidade de afastamento do convívio social.

Em 2019, em todo o território brasileiro, foram notificados quase 30 mil novos casos da doença no país, de acordo com o Boletim Epidemiológico sobre a Hanseníase do Ministério da Saúde. Em 2020, 127.396 casos novos da doença no mundo foram informados à Organização Mundial da Saúde (OMS). Sendo 19.195 (15,1%) na região das Américas, e destes 17.979 notificados no Brasil, correspondendo a cerca de 93,6% do número de casos novos.

Segundo a Prefeitura de Fortaleza, caso seja identificada suspeita de hanseníase, a pessoa pode se dirigir a um dos 118 postos de saúde da Capital para realizar consulta e exames, para detectar a existência ou não da doença. O diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento satisfatório. Quanto mais cedo for identificada a presença da hanseníase, maiores as chances de reduzir a ocorrência de incapacidades físicas. Em Fortaleza, os agentes comunitários de saúde (ACS) realizam o trabalho de orientação junto às comunidades para identificação de sintomáticos dermatológicos, com o objetivo de identificar precocemente as pessoas que apresentam sinais da hanseníase e necessitem de avaliação.

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