O prefeito de Quixadá, Ricardo Silveira (PSD), afirmou ter o intuito de fazer uma parceria público-privada (PPP) para a gestão do Açude Cedro. Atualmente, a barragem é gerida pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Segundo o gestor, o objetivo é “resgatar” o cartão postal do Município. Ele lembrou que a represa, nos dias de hoje, funciona mais como um ponto turístico do que uma obra para mitigar os efeitos da seca, primeira funcionalidade do Açude que teve a construção iniciada em 1890 e tem capacidade de acumular 125 milhões de m³ de água.
Ao podcast Questão de Opinião, do OPINIÃO CE, o chefe do Executivo municipal lembrou que o município já teve a oportunidade de gerenciar o Cedro e o entorno, mas que o assunto “não foi tratado como deveria”, com a barragem voltando a ser gerenciada pelo Dnocs. Em 2021, então, ainda em seu primeiro mandato, o prefeito pediu ao Departamento para que a gestão voltasse à Prefeitura, com o intuito de fazer a PPP. No entanto, segundo ele, a resposta do órgão federal foi “vergonhosa”, relatando que a gestão estava fazendo um “pedido descabido”, disse.
“Escreveram que, em modos comparativos, era a mesma coisa que pegar a Amazônia brasileira e entregasse para países estrangeiros. Uma resposta esdrúxula, totalmente incabível”, afirmou, lembrando a resposta do órgão à época, ainda em 2021.
Silveira destacou, no entanto, que já voltou a tratar sobre o assunto com o Dnocs recentemente, em visita dos representantes do órgão à cidade. “Agora, está se redesenhando um novo momento de diálogo com eles”. O prefeito ressaltou que vai levar o assunto para o Governo Federal, para receber ajuda em relação ao tema. O prefeito pontuou que a PPP “seria ideal para comandar e organizar o Cedro”, já que o equipamento teria um poder de investimento e “toda uma expertise na preservação” do Açude.