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19 de maio de 2025

Preço da carne em Fortaleza subiu 29% em 12 meses, aponta pesquisa

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pela pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística Estudos Socioeconômicos (Dieese)
Foto: Agência Brasil

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O preço do quilo da carne bovina de primeira aumentou 29,44% em Fortaleza em abril na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza o levantamento mensalmente, consultando o preço da cesta básica em 17 capitais. A capital cearense registrou a maior alta entre as 17 capitais brasileiras pesquisadas.

De um modo geral, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 15 capitais do Brasil no mês de abril, em comparação com o mês anterior. 

Apesar de uma leve queda nos preços registrada em várias capitais entre fevereiro e março de 2025, a tendência de alta no acumulado do ano ainda se mantém. Em março, por exemplo, o valor da carne subiu em 11 capitais, com destaque para Florianópolis (1,08%). Em Fortaleza, a carne também teve aumento, reforçando a escalada de preços que vem sendo observada desde o ano passado.

O Dieese aponta que, embora tenha havido uma maior oferta interna do produto, os produtores continuam resistentes a reduzir os preços, o que tem limitado o impacto dessa maior disponibilidade nos mercados consumidores. Outras capitais que também registraram aumentos significativos no preço da carne em 12 meses foram São Paulo (28,17%) e Brasília (27,31%). As quedas mensais mais expressivas ocorreram em Aracaju (-4,18%) e Salvador (-2,81%).

A tendência de aumento, somada à inflação dos alimentos em geral, tem pressionado o orçamento das famílias, principalmente nas regiões onde os reajustes foram mais intensos.

CESTA BÁSICA

Ao comparar o valor da cesta básica de alimentos do mês de abril de 2025 com a do mesmo mês em 2024, observa-se uma alta em 15 das 17 capitais consultadas, com variações que oscilaram entre 3,92%, em Natal, e 10,5%, em São Paulo. As reduções foram observadas em Salvador (-1,25%) e Aracaju (-0,37%). No último mês de março, a quantidade de capitais que sofreram a crescente havia sido 14.

Em março de 2025, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 106 horas e 19 minutos, maior do que o de fevereiro, de 104 horas e 43 minutos. Com base na cesta mais cara que, em abril, foi a de São Paulo, o Dieese calculou que o salário mínimo ideal em abril de 2025 deveria ter sido de R$ 7.638,62. O valor corresponde a 5,03 vezes o salário mínimo oficial, atualmente em R$ 1.518, e leva em conta despesas básicas de uma família de quatro pessoas, como alimentação, moradia, saúde, educação, transporte e lazer.

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