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8 de dezembro de 2024

Prazo para concluir regularização fundiária da terra Tapeba é prorrogado para fim de 2025

A regularização assegura a posse plena da terra e diminui os riscos de conflitos fundiários em uma área de 5.294 hectares
O acordo inicial previa a demarcação dos limites da terra e o levantamento das benfeitorias nas terras indígenas Tapeba, Lagoa Encantada (do Povo Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz), Pitaguary (Maracanaú e Pacatuba) e Tremembé de Queimadas (Acaraú) Foto: Divulgação

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O Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), junto ao Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), assinou na quinta-feira (31), um termo que prorroga por mais 12 meses o acordo técnico para a demarcação e regularização da terra indígena Tapeba, no município de Caucaia. O novo prazo da regularização, que segue até 1º de novembro de 2025, assegura a posse plena da terra e diminui os riscos de conflitos fundiários em uma área de 5.294 hectares.

Conforme destaca o superintendente do Idace, João Alfredo, o Estado do Ceará é o único do Brasil a contribuir com recursos do Tesouro Estadual e com aparato técnico e funcional para a demarcação de terras indígenas.

“Isso é um compromisso muito forte do Governo. Nós já tínhamos uma demanda muito antiga com relação a essas quatro áreas. Todas já tinham a chamada ‘portaria declaratória’, faltava apenas fazer o trabalho de demarcação física. Esse acordo de cooperação técnica acolhe essas demandas dos povos originários, que têm uma história muito forte aqui na luta para demarcação”, afirma.

O acordo inicial previa a demarcação dos limites da terra e o levantamento das benfeitorias nas terras indígenas Tapeba, Lagoa Encantada (do Povo Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz), Pitaguary (Maracanaú e Pacatuba) e Tremembé de Queimadas (Acaraú). As três últimas áreas já tiveram suas atividades concluídas, com apoio da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará (Sepince).

ACORDO

No processo, o Idace ficará responsável por fornecer recursos técnicos e logísticos, além de profissionais para realizar a demarcação da terra ancestral. Isso inclui georreferenciamento, instalação de marcos físicos e levantamento das benfeitorias feitas por ocupantes não indígenas. Já a Funai acompanhará e fiscalizará o processo, além de avaliar a indenização das benfeitorias feitas de boa-fé por ocupantes não indígenas no território Tapeba. A posse permanente do povo indígena Tapeba foi reconhecida pela Portaria Declaratória nº 734/MJ, de 31 de agosto de 2017.

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