Porque a Natureza é bela, atraente e envolvente. Porque carrega consigo singularidade, leveza, balanço. Porque tem sombra, vento e brisa, chuva suave e ritmo. Porque tem cheiro, som, sabor. Porque tem, também, colapso. Porque tem raios, trovões, terremotos. Porque chora se precisa, por conta de seres humanos inconsequentes ou desajustados. Porque clama, implora sem alarde. A Natureza é Mãe, Mãe-Natureza, porque sabe conduzir o dia, a noite e a vida como mais ninguém.
Porque cabe sempre mais um, mesmo sem caber. Porque tem coração pulsante, porque respira. Porque descansa. Somos assim, também. Temos dias de sol e dias nublados. Momentos fáceis e momentos difíceis. Sorrisos e lágrimas. Conquistas e dores. Fazemos nossas rotinas, embainhamos nossas espadas e vamos à luta, por vezes sem nem mesmo um escudo. Somos ferozes em defesa dos nossos! Agimos com força quando testadas. Bravas também, por que não? Bravura se difere de braveza em ambas Mães.
Agimos com bravura e somos fiéis àqueles que dependem de nós. Somos também sensíveis. Nos machucamos, quebramos, às vezes morremos. Nos calamos, nos isolamos, nos distanciamos. Faz parte, também. Somos Mães: nós e a Natureza. Somos parecidas. E ficaremos firmes por aqui até o fim.
