Após 40 anos, Maranguape volta a ter um polo industrial. Batizado de Maranguape Industrial Park, o projeto é uma antiga aspiração do município e a Prefeitura investiu mais de R$ 4 milhões para aquisição do terreno onde será erguido o complexo. Encabeçado pelo projeto de Polos Industriais do Centro Industrial do Ceará (CIC) e abraçado pelo Sindicato das Indústrias Químicas do Estado do Ceará (Sindquímica) com o apoio do Sistema FIEC, do Sebrae, o projeto tem investimento inicial de R$ 200 milhões e deve cerca de 2 mil empregos diretos já no primeiro ano de funcionamento e 4 mil indiretos, com expectativa de funcionamento pleno em 2028.
O lançamento da Pedra Fundamental do Polo Industrial de Maranguape aconteceu às 10h no local em que o Polo será erguido, em Maranguape, com a presença do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), ao lado do prefeito da cidade, Átila Câmara e demais autoridades.
O gestor de Maranguape afirmou que o sentimento da construção do polo industrial é de resgate com o povo maranguapense e que só foi possível sair do papel devido à atualização do Plano Diretor de Maranguape.
“Depois de 20 anos, estamos atualizando o Plano Diretor de Maranguape e isso aqui só é possível porque nós destinamos – já dentro do Plano Diretor – essa área toda para a área industrial. Esse condomínio industrial terá 40 hectares. A palavra do dia de hoje eu nomeio de resgate. Muitos maranguapenses sonharam com esse momento. Em plena pandemia, em 2020, a cidade de Maranguape vivia apática, perdia equipamentos públicos e tinha um povo discrente do seu futuro. Depois de muito tempo, a Prefeitura conseguiu R$ 6 milhões, dos R$ 20 milhões que a obra precisa para começar. Em seguida, conseguimos mais R$ 5 milhões do Governo do Estado. Conseguimos!”, comemora o prefeito.
O Polo Industrial de Maranguape conta com uma área de 47 hectares, próxima ao CE-065. Consoante o arquiteto responsável, André Moura, o empreendimento seguirá o modelo do Polo Químico de Guaiúba, encabeçado pelo Sindquímica e gerido pelo Instituto Orbitar, que também cuidará da gestão do Polo de Maranguape. O novo empreendimento trará o mesmo conceito moderno do Polo de Guaiúba, promovendo articulação entre as empresas, divisão de tarefas e compartilhamento de áreas e responsabilidades comuns.
Segundo o presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), Marcos Soares, em entrevista ao OPINIÃO CE, o polo maranguapense vai englobar quatro segmentos, diferentemente de Guaiúba: o químico, o metal-mecânico, as confecções e as roupas.
“Maranguape já tem afinidade com a indústria, então, nós vamos trazer isso para cá para justamente melhorar ainda mais a qualidade de emprego na cidade, fazer parcerias com escolas profissionalizantes, com o IFCE, com o Senai para qualificar a mão de obra para as indústrias. O Polo Industrial deve gerar 2 mil empregos diretos e 4 mil empregos indiretos. O investimento inicial está na faixa de R$ 200 milhões de reais com a expectativa de que, em cinco anos, o empreendimento esteja em total funcionamento”, confirma Marcos.
O projeto se baseia no Polo Industrial Químico de Guaiúba, também em município da Região Metropolitana de Fortaleza, inaugurado em 2018. O governador Elmano de Freitas se disse orgulhoso de ver o interesse do município em captar investimento privado para a geração de emprego e renda.
“Estou muito orgulhoso em estar aqui em Maranguape, apoiando a Prefeitura neste investimento. O Estado vai investir R$ 5 milhões. É o início de um grande polo industrial em Maranguape que vai trazer emprego e qualidade de vida para muita gente”, afirmou o chefe do Executivo Estadual.
O empreendimento já possui três protocolos de intenção assinados com empresas que pretendem se instala no complexo industrial. São elas: o Grupo Alyne Cosméticos, com uma segunda unidade para produção de novas linhas de cosméticos; Vonixx e Afins Cosméticos.
Há ainda uma lista de empreendimentos que deverão celebrar novos protocolos, como Lavezzi, BIZ, Pinho Pack, Biodis e Duna Papeis, todas do setor químico; quatro empresas do segmento metalmecânico, além de outras interessadas pertencentes ao segmento de confecção.