Neste finzinho do governo de Camilo Santana (PT), a Assembleia Legislativa aprovou emenda que inclui o Programa Ceará 2050 na Constituição Estadual. O passo é de inquestionável maturidade política. Afinal, a ação visa ao planejamento de medidas de longo prazo que podem ser vitais para os cearenses. Independentemente de que força(s) estiver(em) no Palácio da Abolição nos próximos 28 anos, é necessário que haja articulação eficiente para setores da economia à saúde. Isso se faz em nome de interesses que ultrapassam fronteiras partidárias e ideológicas.
BRAÇO FORTE
Começa neste sábado, 2, a aplicação em Fortaleza da quarta dose da vacina contra a covid-19, para o público com mais de 80 anos de idade. Não é só uma ação sanitária – se fosse apenas isso já seria muito, considerando a letalidade da pandemia. É também uma medida política importante, que comporta esclarecimento, orientação social e respeito à ciência. A Prefeitura estruturou um esquema para, simultaneamente, imunizar pessoas contra a influenza.
PODEMOS TER UNIÃO
A mudança do ex-juiz Sérgio Moro do Podemos para o União Brasil, desistindo de ser candidato a presidente, deixou um enguiço no Ceará. É que Moro diz que é oposição a Bolsonaro mas o União abriga o bolsominion deputado Capitão Wagner. Como o palanque vai se equilibrar?
NOVO MOMENTO
E quem tem estrilado não é só a oposição. No lado progressista, o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, ONG atuante os anos 1990, diz que Camilo não nomeou as novas formações do Conselho Estadual de Direitos Humanos e do Comitê Estadual de Proteção e Combate à Tortura. Isso deixa em aberto um flanco vulnerável da sociedade. Resta para Izola receber e encaminhar demandas assim.
ATRASO
Curiosidade: na análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a deputada Fernanda Pessoa (PSDB) pediu vistas da PEC – recurso para análise mais apurada de matéria, capaz de atrasar significativamente a tramitação. Ficou só nisso, porém.
QUEIXA
Mas nem tudo são flores na despedida de Camilo Santana (PT). Ele passa neste sábado, 2, o bastão para a vice, Izolda Cela (PDT), em ato na Assembleia. Embora a gestão tenha sido promovido diálogos entre o Palácio da Abolição e diferentes segmentos, há quem cobre medidas para situações importantes.