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4 de outubro de 2024

Ex-ministro Milton Ribeiro é preso por esquema de liberação de verba

Operação feita pela PF investiga ilegalidades no MEC. Além do ex-titular, pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo são alvos.
Foto: Dida Sampaio / Estadão

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 22, uma operação que tem como alvos o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do MEC.

Segundo apuração do g1, Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são alvos de mandados de prisão. Até a última atualização desta reportagem, não havia confirmação da prisão dos investigados. Ribeiro é acusado de suposto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a atuação informal deles na liberação de recursos do Ministério da Educação. Há suspeita de cobrança de propina.

O inquérito foi aberto após o jornal “O Estado de S. Paulo” revelar, em março último, a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC controlado pelos pastores. Dias depois, o jornal divulgou um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse o ministro no áudio. “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, complementou Ribeiro.

Após a revelação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação. O caso envolve suspeitas de corrupção. Prefeitos denunciaram pedidos de propina – em dinheiro e em ouro – em troca da liberação de recursos para os municípios. Milton Ribeiro disse que pediu apuração dessas denúncia à Controladoria-Geral da União.

Tráfico de influência

De acordo com apuração da TV Globo, a operação deflagrada nesta quarta investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.

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