A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) desencadeou, seguindo diretriz do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a “Operação Strike”. A ação, que se iniciou nas primeiras horas desta quarta-feira (12), visa combater as ações de grupos criminosos que vêm atacando empresas provedoras de internet no Estado. Até às 06h30, 10 mandados de prisão já foram cumpridos e três armas de fogo foram apreendidas.
Com a operação, estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Fortaleza e em outros municípios do Ceará. A Strike conta com o apoio das Coordenadorias de Inteligência (Coin) e Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da SSPDS e faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo grupo especial de investigação, criado no último sábado (8) pelo governador Elmano de Freitas, para investigar, identificar e prender os autores dos crimes contra empresas provedoras de Internet no estado.
A iniciativa ocorre após casos em que criminosos estabeleceram a cobrança de 50% do valor dos serviços prestados a clientes. Em menos de duas semanas, dois veículos da Brisanet foram incendiados por não aceitarem as condições impostas pelas facções. O caso mais recente ocorreu na noite da última quinta-feira (6), em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Conforme o governador, os crimes serão solucionados com ação “articulada” e “firme”.

Elmano de Freitas já havia garantido que as ações policiais e de investigação seriam reforçadas. Em relação aos crimes, os envolvidos são suspeitos de integrar organização criminosa, cometer crime contra a incolumidade pública e contra a segurança dos meios de comunicação, transporte e serviços.
PECÉM
Ainda no fim de fevereiro, indivíduos ligados à facção criminosa Comando Vermelho destruíram equipamentos dos provedores de internet no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Várias empresas que atuam na região ficaram desconectadas.
Algumas empresas ficaram totalmente sem internet, enquanto outras relataram falhas pontuais na conexão. A maioria das empresas comunicou os problemas de conexão à Cipp SA, administradora do complexo, que confirmou o recebimento, porém pontuou que a ação criminosa foi o motivo da falta de conexão.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou ao OPINIÃO CE que depoimentos foram tomadas e diligências foram realizadas logo após o ataque. A ofensiva foi desencadeada por equipes da Polícia Civil (PCCE), por meio do Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM) e da Delegacia Municipal de São Gonçalo do Amarante. O trabalho dos policiais civis recebe apoio da Polícia Militar (PMCE), por intermédio de composições do 23º Batalhão Policial Militar (23º BPM).