Em vigor desde o dia 16 de novembro de 2020, o Pix se tornou um sucesso entre os brasileiros como uma das principais ferramentas para transações financeiras. Assim como os consumidores – que estão aproveitando o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) – os vendedores ambulantes também aderiram à plataforma em seus ofícios. O OPINIÃO CE conversou com três vendedores que utilizam da ferramenta para a melhoria dos seus negócios.
Adalberto Neves comercializa cocadas e canjicas de milho em bairros como São João do Tauape e Aerolândia em Fortaleza, e explicou que o Pix auxiliou no aumento da quantidade de vendas. Acerca da agilidade e praticidade da ferramenta, o vendedor comenta: “É uma coisa rápida, né? O pessoal chega, compra, paga no Pix e a gente verifica aqui para ver se está correto”, disse.
Neves ressalta que o meio de pagamento faz com que muitos consumidores evitem “dar desculpas” dizendo que, no momento, não estão com dinheiro em espécie ou, por vezes, sem cartão. “Você só precisa ter o celular em mãos para fazer a transferência, sem depender somente de um cartão ou dinheiro em espécie”, explica ele. A plataforma foi adotada pelo vendedor há pouco mais de um ano e meio, por motivos de, segundo Adalberto, mudança no comportamento do brasileiro. “Hoje em dia, o pessoal anda sem dinheiro físico. Então, como a maioria das pessoas têm celular, o Pix facilita muito”, afirma.
JOVENS SÃO MAIORIA
O profissional ambulante, Alysson Thyago, de 21 anos, considera o Pix como “um recurso obrigatório para o seu negócio.” Durante suas vendas de milho cozido e assado e queijo assado na Beira-mar de Fortaleza, Alysson diz que o meio de pagamento tem sido muito utilizado por pessoas mais jovens. Tal percepção também é observada pelo próprio Banco Central.
De acordo com dados da entidade, para dezembro de 2022, seis em cada dez transações foram realizadas por pessoas abaixo de 40 anos. A escala de uso vai reduzindo a quantidade de usuários conforme a idade aumenta. Segundo o BC, em todo o Brasil, menos de 5% das transações foram feitas por pessoas com mais de 60 anos.
SEGURANÇA
Apesar da melhoria causada pela ferramenta, que já conseguiu movimentar R$ 60,3 bilhões em um único dia, segundo dados do Banco Central, a popularidade da plataforma também é explorada por golpistas, que se aproveitam de brechas comportamentais para tirar alguma vantagem.
A vendedora de churros em praças do bairro Messejana, Tânia de Freitas, que, assim como os demais, passou a utilizar o Pix pela praticidade, compartilha que foi vítima do “golpe do Pix agendado” – uso indevido da ferramenta de agendamento para fingir que uma transação foi realizada. Outro tipo de golpe com o meio de transações, acontece quando utilizam comprovantes de pagamento falsos para dizer que a transferência foi feita. Mas, na verdade, nenhum centavo foi repassado à conta do vendedor.
De acordo com o proposto pelo Banco Central no começo da plataforma, “a segurança foi um fator importante desde o início da construção do Pix e ela é priorizada em todos os aspectos do ecossistema, inclusive em relação às transações, às informações pessoais e ao combate à fraude e lavagem de dinheiro”, informa o BC.