Na manhã desta quinta-feira (5), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Aracê, com o objetivo de reprimir o tráfico internacional e o comércio ilegal de aves silvestres. A ação mobilizou 150 agentes para cumprir 36 mandados de busca e apreensão no Ceará, em São Paulo, Minas Gerais e no Paraná. Os trabalhos dos agentes da PF tiveram o apoio dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Ceará.
As investigações tiveram início após a análise de dados telefônicos e telemáticos do aparelho celular de um investigado cearense, preso em flagrante em 2023 por envolvimento no comércio ilegal de animais silvestres. Durante os trabalhos, foram identificadas diversas conversas relacionadas à venda ilícita de aves, inclusive em grupos de mensagens dedicados ao tráfico internacional, transporte e armazenamento de pássaros.
Além de reunir provas para a conclusão do inquérito policial, a ação busca interromper os crimes ambientais em andamento, protegendo a fauna brasileira da exploração predatória. A repressão ao comércio ilegal de animais é fundamental para preservar a biodiversidade e evitar o impacto devastador que o tráfico de espécies pode causar aos ecossistemas.
Os crimes investigados incluem maus-tratos, tráfico internacional e interestadual de animais silvestres, associação criminosa e receptação, descritos no Código Penal Brasileiro(CPB), além de outros previstos na Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) e a lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98).
O nome da operação, Aracê, que em tupi-guarani significa aurora ou o canto matinal dos pássaros, reflete o compromisso da Polícia Federal com a preservação da fauna brasileira. Assim como a aurora marca o início de um novo dia, a operação simboliza uma nova fase na luta contra os crimes ambientais, reforçando a prioridade das autoridades em proteger os animais silvestres e combater a degradação ambiental.