Kelly Hekally
DE BRASÍLIA
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Rose Serafim
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Diante da resistência de Mônica Oliveira em ser a vice-candidata da chapa encabeçada por Elmano de Freitas (PT) ao Governo do Estado, o MDB Ceará trabalha com uma pesquisa interna para tomar a decisão sobre qual nome será escolhido – a avaliação envolve homens e mulheres. O critério da lista preparada para o estudo é a confiança de Eunício Oliveira, presidente do MDB CE.
Resultado está previsto para esta quinta-feira, 4. Uma das possibilidades mais avantadas é a de composição com Jocélia Lígia, vice-prefeita de Itapipoca e médica. O de Jade Romero, que foi secretária-executiva de Esportes do Estado, vem sendo citado nos últimos dias.
O levantamento que vai basear a escolha está sendo realizado pela marqueteira da campanha de Camilo Santana (PT) ao Senado Federal, Carla Kuri, e pelo Instituto Opnus. As informações citadas acima foram obtidas pelo OPINIÃO CE nesta quarta-feira, 3, por fontes do MDB em Brasília.
Um dia antes, na terça-feira, 2, diversas lideranças do PT Ceará foram procuradas pela reportagem acerca de quem seria lançado para vice na chapa de Elmano. Via assessoria de imprensa, o partido disse que o assunto estava em definição e que a resposta sairá até nesta sexta-feira, 5, e que será anunciada um dia depois.
O prazo para o término das convenções partidárias é amanhã, com homologação das atas de cada legenda até o dia 15 subsequente. Em meio às expectativas, há também o anúncio da suplência do ex-governador do Ceará, Camilo Santana, ao cargo de senador.
A discussão foi retomada com mais força após o PSDB CE optar pela aliança com o PDT, fazendo com que os planos do presidente estadual da sigla tucana, Chiquinho Feitosa, fossem suplantados – o empresário cearense era o primeiro na lista de prioridades do petista para ocupar o posto. Zezinho Albuquerque é, atualmente, o mais cotado para o posto (PP).
A dobradinha, porém, aguarda deliberação nacional do PP sobre impedimento posto de a legenda apoiar estadualmente. Presidente nacional do PP, Cláudio Cajado, em nota, reiterou o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio da Abolição e proibiu diretórios estaduais da sigla de estarem em disputas com chapas encabeçadas pelo PP.
A vaga é cobiçada, sobretudo, pelo fato de uma potencial escolha de Camilo Santana para compor o corpo ministerial do ex-presidente Lula (PT), caso o PT vença as eleições à Presidência da República em outubro deste ano.
A assessoria de gabinete de Cláudio Cajado não soube informar se há negociações para liberar a dobradinha Camilo-Zezinho. Fontes ligadas ao ministro Ciro Nogueira, cacique do PP, também não souberam informar se algum tipo de flexibilização para o duo estaria sendo discutida.
“O COMANDO É MEU”
O PROS, antigo partido do Capitão Wagner (União Brasil), deixou a coligação com o deputado federal para apoiar Elmano Oliveira (PT). Em nota, o Otoni Lopes Neto, presidente estadual do PROS, disse que diante “do novo cenário eleitoral no Ceará o Partido Republicano da Ordem Social anuncia sua decisão de seguir as candidaturas de Elmano para Governador, Camilo Santana para o Senado e Lula para a presidência.
A articulação, encabeçada por Eunício Oliveira, foi confirmada pelo ex-presidente do Senado à reportagem horas antes do comunicado publicado nas redes sociais. “O comando [do PROS] é meu”, afirmou. No início da madrugada desta quinta, porém, Capitão Wagner afirmou ao OPINIÃO CE que decisão judicial levou o PROS novamente à sua base.
A aliança de Wagner com o PROS já havia passado por turbulências. Até junho deste ano, o apoio ao pré-candidato estava indefinido, já que uma ala da agremiação estaria fechada com o PDT. Durante evento realizado em 18 de junho último, filiados à sigla chegaram a abandonar o local após a chegada de deputado e ex-presidente do partido.
Ainda nesta quarta, o PT lançou nota anunciando que a direção nacional do PROS aderiu à chapa de Lula (PT) e Alckmin (PSB), após reunião de representantes da ala lulista com o presidente do PROS, Eurípedes Jr.
No texto, o PT lembra que a aliança com a aliança é “histórica”, já que o Pros apoiou Dilma Rousseff em 2014 e Fernando Haddad em 2018. Após a divulgação do texto, o pré-candidato à Presidência pela legenda, Pablo Marçal, chegou a enviar nota à imprensa afirmando que Eurípedes não poderia alterar a decisão tomada pelo partido.
Contudo, horas depois, o próprio pré-candidato publicou nas redes sociais que estaria renunciando à candidatura.
No texto do PT, o partido adianta que o apoio do PROS à candidatura de Lula “está sendo alinhado na maioria dos estados da federação”, e a formalização vai ocorrer, segundo a nota divulgada, em nova convenção marcada para esta sexta.
