Pesquisa do Instituto FSB para presidente da República encomendada pelo banco BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira, 8, aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 41% das intenções de voto, seguido pelo atual chefe do Executivo e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 34%.
A diferença, de 7 pontos porcentuais (pp.), é a menor da série história de oito levantamentos iniciada em março deste ano. Com relação à pesquisa anterior, de 25 último, Lula recuou 3 pp, de 44% para 41%. Nas mesmas duas semanas, Bolsonaro subiu de 31% para 34%.
A queda na diferença entre os dois ocorre antes mesmo do início do pagamento do novo Auxílio Brasil, de R$ 600, que começa a ser feito a partir desta terça-feira, 9, mas três semanas após a diminuição no preço dos combustíveis e à aprovação da PEC Emergencial.
Ciro Gomes teve 7%, 2 pp. a menos do que na pesquisa de final de julho, e Simone Tebet (MDB) registrou 3%, 1 pp. a mais do que na mostra anterior. André Janones (Avante), que abdicou da candidatura para apoiar Lula, obteve 2%; José Maria Eymael (DC) e Pablo Marçal (Pros), 1%. Os demais não pontuaram. Brancos e nulos somaram 2% e indecisos 3%.
LULA VENCERIA NO SEGUNDO TURNO
Na simulação de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 51% a 39%. Nessa simulação, Lula também caiu 3 pp e Bolsonaro cresceu 3 pp, em relação à pesquisa anterior. Lula venceria Ciro por 47% a 32% e Simone por 50% a 29%. Ciro bateria Bolsonaro por 48% a 41% e o atual presidente venceria, numericamente, apenas Simone, por 44% a 40% em um eventual segundo turno.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO
Na pesquisa, o governo Bolsonaro foi considerado ruim ou péssimo por 44% dos entrevistados, ótimo ou bom por 33% e regular por 22%. A forma de governar de Bolsonaro é desaprovada por 54% e aprovada por 40%. As taxas de desaprovação de governo e de Bolsonaro são as menores da série e as de aprovação do governo e do presidente da República são as melhores nos levantamentos BTG/FSB. A pesquisa foi feita entre sexta-feira, 5, e domingo, 7, com 2 mil eleitores, intervalo de confiança de 95%, margem de erro de 2 pp e está registrada no TSE sob o número BR-08028/2022.
Também nesta segunda, Bolsonaro pediu a banqueiros reunidos em evento promovido pela Febraban, em São Paulo, que reduzam juros cobrados sobre empréstimos consignados contraídos por inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC). A possibilidade foi autorizada na semana passada para beneficiários do BPC, do Auxílio Brasil e do Renda Mensal Vitalícia (RMC).
“Faço apelo para vocês agora, vai entrar pessoal do BPC no consignado. Isso é garantia, desconto em folha. Se puderem reduzir o máximo possível”, declarou o presidente no evento, citando o episódio em que pediu a supermercadistas a redução da margem de lucro em produtos da cesta básica.
Lei sancionada na última quarta-feira autoriza a concessão de crédito consignado a inscritos nos programas de renda do governo, ao limite de 40%. Instituições bancárias, no entanto, resistem a aderir à proposta, vista pela campanha à reeleição como possível alavanca para Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto.
O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, disse na sexta-feira (5) que o banco não vai operar o empréstimo consignado do Auxílio Brasil pelo caráter transitório e, assim, de risco, do benefício. O Auxílio de R$ 600 vence em dezembro.
Lazari esteve no evento da Febraban com Bolsonaro, assim como os CEOs Milton Maluhy (Itaú Unibanco), Roberto Sallouti (BTG Pactual), Mário Leão (Santander Brasil), Marcelo Marangon (Citibank) e outros. (Com Agências)