Desempenhando o papel de oposição na atual legislatura da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), o deputado Queiroz Filho (PDT) fez um balanço da gestão de Elmano de Freitas (PT) no primeiro semestre deste ano, apontando áreas em que, segundo a visão dele, deixam a desejar.
“Quais foram as mudanças significativas nesses seis meses? Desde o início do atual governo, vimos a criação de novos cargos, aumento de impostos, aprovação de suspensão de isenções fiscais que causou temor em empresas que poderiam deixar o Estado e, nesse último exemplo, a oposição foi muito importante para que o mesmo projeto fosse revogado”, aponta o parlamentar.
O Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas na rede pública também é questionado. “Diferente do que foi anunciado, não vemos uma quantidade significativa de procedimentos sendo realizados, lembrando que muitos foram paralisados durante a pandemia”, disse.
Outro programa que, segundo o deputado, tem apresentado um alcance abaixo do esperado é o Pacto por um Ceará Sem Fome. “Pesquisas mostram que mais da metade da população cearense vive em situação de miséria ou extrema miséria. Trata-se de uma iniciativa louvável, mas apenas uma pequena parcela da população, cerca de 50 mil pessoas numa população de 9 milhões de habitantes, está tendo acesso a esse benefício”.
Queiroz Filho também destaca que a criação de trabalho e renda não está alcançando números satisfatórios no interior do Estado. “Em todo o Ceará, 80% da geração de emprego veio da capital cearense. Várias medidas, como desburocratização de processos e aposta no pequeno empreendedor, fazem parte desse crescimento”. Outros pontos apontados como críticos por Queiroz Filho são a demora para implantação de tratamento oncológico no Interior, da gratuidade de passagens intermunicipais e a qualidade ruim das rodovias estaduais.