Hoje vamos falar sobre as PANC’S, plantas alimentícias não convencionais que apresentam a rusticidade como principal característica. Elas possuem uma ou mais partes ou porções que podem ter consumo na alimentação humana, sendo elas exóticas, nativas, silvestres, espontâneas ou cultivadas. Incorporar as PANCs nas refeições diárias é também uma forma de valorização dos ingredientes locais, regionais e naturais.
Mas afinal, o que são as PANCs?
Quando falamos em PANCs, referimo-nos às milhares de espécies vegetais que já conhecemos, mas que não fazem parte da nossa alimentação diária. Dessa forma, as PANCs são plantas que possuem uma ou mais partes comestíveis, sejam elas nativas ou exóticas.
Algumas PANCs chegam a fazer parte da cultura, identidade e práticas agrícolas de pequenas comunidades no Brasil, principalmente devido às suas características de cultivo pela agricultura familiar, limitando a expansão dessas culturas. No entanto, existem casos em que uma planta não convencional pode fazer parte recorrente de pratos tradicionais a ponto de ser regionalmente considerada convencional, como é o caso do jambu, um ingrediente indispensável em pratos típicos para os paraenses. Além dele, o pato no tucupi, o tacacá e a maniçoba.
Por isso, cultivar PANCs também é uma forma de resgatar ou até mesmo de conhecer a história e a cultura de uma região. A Vinagreira, bastante comum no Maranhão, a Taioba, muito conhecida em Minas Gerais. Algumas não tão conhecidas, como o boungaville e a capuchinha, também são consideradas PANC’S.
É comum encontrar PANCs dentro de casa como plantas ornamentais. Existem pessoas, por exemplo, que mantêm cercas vivas de ora-pro-nóbis e não sabem que na verdade ela é uma planta comestível.
E vocês, já tinham ouvido falar em PANC’S?