Ele já foi destaque da economia rural cearense. A pluma branquinha e leve tinha peso de ouro no campo. O ouro branco. Pragas dizimaram plantações, e a cotonicultura perdeu força e espaço. Sumiu dos roçados. Mas ela carrega a força da tradição somada a um potencial produtivo capaz de renascer. A Chapada do Apodi aposta nisso e já colhe algodão em quantidade e qualidade. São mais de 1000 hectares plantados na região do Tabuleiro de Russas, sendo 700 hectares de sequeiro e o restante irrigado.
Parceria entre tecnologia e cultivo natural. O algodão já está produzindo 250 arrobas por hectare, um excelente número, principalmente por haver áreas de primeiro ano de plantio. Isto revela que temos solo, clima e manejo adequados. A fazenda é altamente sustentável e possui conceito de gestão ambiental e social. Outra novidade que fortalece o “novo algodão”, que agora imprime também as necessidades de respeito ao Meio Ambiente. Exemplo a ser seguido.
Os produtores e empresários rurais precisam absorver esse conceito e trabalhar as novas práticas, enquadrando as áreas produtivas dentro das perspectivas do mercado agrícola mundial. Os investimentos na revitalização do algodão e os resultados já alcançados mostram que o Ceará é rico e que se bem explorado pode voltar a se tornar uma potência na cotonicultura no Brasil. Agora, com mais conhecimento técnico e possibilidades de manejo que neutralizam pragas e propagam plantações limpas.
O agronegócio é um dos segmentos econômicos com maior plasticidade e possibilidades.
Apesar de ter tradição de práticas que remontam ao início dos tempos, é capaz de evoluir, de somar e de multiplicar resultados. A terra sempre responde positivamente quando respeitados os princípios básicos da produção: respeito ao meio ambiente e as características locais.