Existem diferenças gritantes entre gosto, preferência e afinidade. Vamos resumir ao que está na moda e piorando nos extremos: o radicalismo e a intolerância. Questão de gosto, por exemplo, não devia ser discutida e muito menos quase imposta. A intolerância, por outro lado, ao meu sentir, está dentro do espectro da estupidez visível e “escutada” ou lida, com matizes fortes de ódio ou veneno brabo a escorrer pelo canto das bocas raivosas. Espécie de patrulhamento ideológico. Chamar alguém de misógino — aquele que tem antipatia ou aversão mórbida as mulheres, é avocar-se o pressuposto direito de julgar, gratuitamente alguém que não conhece, salvo por um comentário jocoso jogado sem pretensões outras afora o mote dado pelo presidente de plantão que aparenta estar perdido na escolha dos caminhos a seguir. Não nutro pretensão pelos desejos – esses, sim, radicais, violentos, raivosos, perversos, que morram, da pior forma, tanto o senhor Lula, como o senhor Bolsonaro. Os radicais, pertençam a que lado pertencerem, podem ser vistos como hienas, que comem carniça e até fezes de outros animais e ainda riem, como se se jactassem, não sei de quê. Cada radical é intolerante, tem o inalienável direito de fartar-se com as suas preferências culinárias, divertir-se com as suas óperas bufas, dançar ao ritmo de suas músicas de gosto duvidoso ou ficar nervosinho se o outro não comunga do lixo onde chafurda, patrulhando as preferências alheias. Fui gratuitamente chamado de misógino que, segundo a única acepção mostrada no Dicionário Michaelis, significa exatamente aquilo explicado acima. Achar a agora ministra Gleisi feia é uma preferência minha. Ela “bonitou-se” porque não convivia bem com o rosto que Deus lhe deu. Tenho o direito de dizer que ela apresenta uma beleza “fake”, como o salivar dos crentes na iminência frustrada de comer uma tal picanha que ainda não chegou. Achá-la antipática, oportunista, agressiva, não compromete suas qualidades, inteligência e ninguém de sã consciência vai dizer que ela não tem bom gosto; basta ver a escolha do marido bonitão apenso com quem desfila, mesmo dizendo bobices. Não sou misógino, gosto de mulheres elegantes, de bom gosto que desfilam aqui nesse espaço democrático… Tão democrático que todos podem discorrer sobre as suas simpatias, mesmo que não coincidam com a de todos. Dizia Nelson Rodrigues, autor de: “toda unanimidade é burra” e do livro Bonitinha, mas ordinária”.

Detecção precoce aumenta chances de cura do câncer de mama, reforça Saúde no Ceará
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) promove desde 2024 a campanha “De outubro a outubro rosa”. A ideia é falar sobre autocuidado o ano inteiro e estimular a realização dos exames necessários