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14 de janeiro de 2025

Os comentaristas

Atualmente, minha atenção está voltada para os jovens comentaristas que se dedicam a propagar o novo vocabulário do futebol

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O comentarista de resultados já foi meu personagem predileto. Não precisava ver o jogo, basta o resultado. Com essa informação tecia sua teia e, explorando o efeito catalisador da vitória ou da derrota, atingia a paixão do torcedor. Atualmente, minha atenção está voltada para os jovens comentaristas que se dedicam a propagar o novo vocabulário do futebol: “intensidade” e “minutagem” vão tomando corpo. “Tem jogador que não joga, mas é bom de vestiário”.

Um assunto que interessa a todos eles é a presença de clubes nordestinos no campeonato nacional de 2025. Pela primeira vez, desde que foi iniciada a série de pontos corridos, em 2003, pela CBF, cinco equipes nordestinas vão jogar quarenta vezes entre si, com turno e returno.

Fortaleza, Salvador e Recife. Pense no Turismo Esportivo e nas agências que estão esperando sair a tabela do campeonato para organizar as viagens com pacotes oferecendo hospedagem, visitas a museus esportivos e entradas para os jogos.

Fortaleza, Bahia e Vitória já estão na Série A. Sport e Ceará estão voltando e começam a se movimentar atrás de jogadores para formar um bom elenco. Vejo os comentaristas modernos com a boca cheia de dentes saboreando as palavras.

“É preciso jogadores que tenham estatura, força física, velocidade e ótimo preparo físico. Jogadores versáteis que saibam executar funções múltiplas e de preferência tenham disputado a Série A.”

Tostão, que foi craque na bola e na escola, daí ter se formado em Medicina, é meu comentarista predileto. Entende o meio do campo como sendo a peça fundamental de uma equipe. Volantes e meias devem ter funções ofensivas e defensivas, portanto, jogar de uma intermediária a outra. Na primeira divisão, rola dinheiro. Cota de TV, o público aumenta nos estádios e também o número de sócios torcedores, os patrocínios, as vendas de brindes e camisas. Dá para montar um time e dá também para jogar dinheiro fora errando nas contratações. Como canta Paulinho da Viola em “Pecado Capital”: dinheiro na mão é vendaval.

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