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17 de fevereiro de 2025

OS 5 DO NORDESTE

Contam que na criação do mundo Deus olhou para o Brasil e falou: “vou colocar aqui os melhores jogadores do mundo”

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Cantei a pedra para o Luís Carlos e o Rodrigo aqui no salão onde a turma almoça no Jornal Opinião. Se a Chapecoense ou o Goiás vencer um dos jogos contra o Mirasol, ou o Novo Horizontino, poderemos ter cinco equipes nordestinas jogando na Primeira Divisão. 

Fortaleza, Bahia, Sport, Ceará e Vitória já garantiram suas presenças. Com a Vitória sobre o Fortaleza e, se vencer seus dois próximos jogos, pode até ganhar vaga na sul-americana. Está bem encaminhado com seus 45 pontos. Nas últimas cinco edições, com 44 pontos, escapava da queda…

Dados do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais sinalizavam que o rubro-negro baiano tinha apenas 0,9% de chance de cair. Com o Vitória se mantendo na primeira divisão, o futebol nordestino alcança essa marca expressiva. 

Os times do Sul e Sudeste não gostam de jogar em Fortaleza. A viagem fica comprida e vindo do Rio ou de São Paulo leva no mínimo umas três horas. Além da distância, reclamam também da temperatura e certa feita ouvi um jogador dizer que o Castelão era um forno. 

Aliás, o Fortaleza é o exemplo de administração a ser seguido! Marcelo Paz é o CEO da SAF do Fortaleza. Referência nacional, vive sendo consultado. Suas palestras revelam o passo a passo na busca de um crescimento constante e sustentável de um clube que envolve diretoria, comissão técnica, jogadores e torcedores.

Marcelo faz sucesso aonde à maioria dos dirigentes primam pela incompetência. Contam que na criação do mundo Deus olhou para o Brasil e falou: “vou colocar aqui os melhores jogadores do mundo”. Dias passados percebeu que precisava equilibrar as coisas e nos deu os dirigentes de futebol. 

A grana rola quando um clube sobe para a primeira divisão. A cota de TV é muito maior; os jogos têm maior visibilidade nacional e internacional; aumentam o público nos estádios, os sócios torcedores, os patrocínios, as vendas de camisas e brindes com o escudo do clube.   

Ao mesmo tempo, em que a presença desses cinco clubes nordestinos é um prêmio pelas campanhas realizadas, é também um desafio. A meta deve ser manter-se na primeira divisão. Não é tarefa fácil. O Ceará que atravessou crises nesse ano tem que novamente se superar.

Além do lado competitivo que realça as rivalidades entre as torcidas dos grandes clubes nordestinos, é inegável a presença do turismo esportivo. Cada clube disputará oito jogos, sendo quatro fora de casa e outros quatro dentro de casa. Tudo para ser uma grande festa.

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