A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) deflagrou, na manhã desta terça-feira (28), a Operação DEFCON 4. A ação busca interromper a atuação de integrantes de grupos criminosos na tentativa de desestabilização do sistema penitenciário cearense, com apreensão de objetos ilícitos, documentos e mídias que elucidem a prática investigada. Atualmente, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, em Fortaleza, expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Ceará.
Segundo as investigações, os quatros investigados estariam planejando atos para desestabilização do sistema penitenciário cearense, através de ações envolvendo arregimentação de pessoas para ataques a servidores públicos, prédios públicos, Fóruns da Justiça e penitenciárias, ataques a ônibus, amotinamentos e outras manifestações violentas. As ações teriam finalidade em tumultuar o sistema prisional, na tentativa de forçar, através do planejamento desses atos violentos investigados, a substituição do Secretário de Administração Penitenciária do Estado do Ceará (SAP/CE), Luís Mauro.
Os dados apreendidos serão analisados pelos policiais federais e os quatros suspeitos serão ouvidos pela FICCO. Os investigados podem responder pelo cometimento dos crimes de constituição de organização criminosa armada, com penas de até 12 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir da análise do material apreendido. O nome da operação remete a condições de prontidão de defesa utilizados por forças policiais e armadas.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (FICCO) é composta pela:
- Polícia Federal (PF);
- Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE);
- Polícia Militar do Ceará (PMCE);
- Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE);
- Polícia Rodoviária Federal (PRF);
- Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN);
- Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce);
- Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).