A Operação Estádio Seguro, desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), identificou nove torcedores com mandados de prisão em aberto durante partida na Arena Castelão. Quatro deles foram presos no momento em que tentavam passar pelas catracas para assistir ao primeiro jogo da final da Copa do Nordeste entre Fortaleza e CRB, que ocorreu na última quarta-feira (5). A ação ganhou apoio do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) e da Polícia Civil e Militar do Ceará. 

Uma das medidas da operação visa à implantação da biometria facial no acesso de torcedores aos estádios cearenses com capacidade para mais de 20 mil pessoas, que vem sendo cobrada pelo Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor). 

“A legislação está em vigor desde 2023 e deu até 14 de junho de 2025 para que a biometria facial estivesse em funcionamento nessas praças esportivas. Se até lá isso não for implementado, o Ministério Público pode pedir até mesmo o fechamento do estádio”, informou o promotor de Justiça e coordenador do Nudtor, edvando França. 

Além de tornar as arenas mais seguras para a população, impedindo que criminosos acessem o espaço e possam promover tumultos, a biometria facial também vai combater o cambismo, a prática de revender ingressos por um preço maior que o oficialmente vendido. A ideia é que a ação comece a ser realizada pelas forças de Segurança Pública do Estado durante os jogos. 

ESTÁDIO SEGURO

Criado no ano passado, o projeto “Estádio Seguro” busca somar esforços para tornar o futebol brasileiro mais seguro para os torcedores e atletas. Além de combater a violência nos estádios, o projeto realiza medidas contra racismo, xenofobia, sexismo, homofobia ou qualquer outra forma de discriminação e violência no espaço esportivo. A política também investiga possíveis casos de manipulação de condutas e resultados de partidas.