Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) disseram que países devem avaliar e recomendar o uso de máscara aos passageiros em voos de longa distância. A recomendação foi feita nessa terça-feira, 10, devido à rápida disseminação da recente subvariante da Ômicron da covid-19 nos Estados Unidos (EUA). No Ceará, a recomendação permanece sendo a de uso do item de proteção em em locais fechados ou com aglomeração, como no transporte coletivo.
“Essa deve ser uma recomendação emitida para passageiros que chegam de qualquer lugar onde haja transmissão da covid-19 de forma generalizada”, afirmou Catherine Smallwood, oficial sênior de emergência da OMS, ao aconselhar que todos usem máscaras em ambientes de alto risco, como voos de longa duração.
Durante a primeira semana no ano, a XBB.1.5 – subvariante da Ômicron mais transmissível detectada até o momento – foi responsável por 27,6% dos casos da doença nos Estados Unidos. Embora a subvariante seja a mais transmissível até agora, novos sintomas não foram detectados. A principal vantagem em relação a outras cepas é a capacidade de evadir o sistema imune, ou seja, uma vez no corpo, a infecção de células ocorre com facilidade.
Uso de máscaras no Ceará
Em publicação nas redes sociais na última sexta-feira, 6, o governador Elmano de Freitas (PT) anunciou a renovação do decreto que recomenda o uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração, como nos transportes coletivos. Decidida após reunião com o Comitê Estadual de Enfrentamento à pandemia da covid-19, a medida permanece em vigor até o dia 22 de janeiro.
“Considerando o início do período de chuvas no estado e o aumento de viroses respiratórias comuns nessa época do ano, é fundamental que os cuidados sejam mantidos, principalmente o uso de máscaras e a vacinação. Isso ajuda a evitar a propagação do coronavírus, a confusão de sintomas e diagnósticos, e também a alta procura por assistência de saúde”, alertou o governador.
XBB.1.5 no Brasil
O primeiro caso da nova cepa da Ômicron no Brasil foi identificado na última quinta-feira, 5. A subvariante XBB.1.5 foi detectado em uma paciente de 54 anos, moradora de Indaiatuba, no interior de São Paulo, e teria sido contraída ainda em novembro de 2022. O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo foi avisado do caso pela Dasa, rede de saúde integrada brasileira, que levou a amostra até a plataforma Gisad, repositório mundial de sequenciamento genômico. Entretanto, a prefeitura de Indaiatuba comentou que a Secretaria Municipal de Saúde local ainda não recebeu uma notificação oficial acerca do caso.
