Isaquias fez história na manhã desta sexta-feira (9) e conquistou mais uma vez a medalha olímpica. O brasileiro já subiu ao pódio das Olimpíadas 5 vezes, igualando ao número de Torben Grael e Robert Scheidt como os segundos maiores medalhistas olímpicos da história do país.
O bahiano entrou nas graças da torcida brasileira quando venceu a medalha de ouro da canoagem na prova C1 1000m, nas Olimpíadas de Tóquio 2020, o que fez o brasileiro se tornar o favorito para ser mais uma vez campeão da medalha de ouro na categorias.
Apesar das expectativas, o tcheco Martin Fuksa mostrou para o que veio e não só venceu a competição, como também, com o tempo de 3:43.16, se tornou o novo detentor do recorde olímpico. Nesta sexta, inclusive, ele já tinha quebrado o recorde olímpico na semifinal, mas acabou superando sua marca novamente na decisão.
A prova foi um teste para cardíaco para os expectadores que torciam para Isaquias. O brasileiro passou a maior parte da prova na quinta colocação, até que, faltando apenas 250 metros, Isaquias não se deu por vencido e deu um sprint histórico, ultrapassando 4 atletas no último minuto e se consagrando medalhista de prata.
“É uma sensação de alívio, muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim. Essa medalha, para mim, é como se eu tivesse sido campeão olímpico. É um peso que tiro das minhas costas. Muita gente não acreditou em mim, pelos meus resultados nesse ano. Eu estava bem atrás. Lembrei que o Sebastian (filho) pediu o ouro. O ouro não deu, mas fico feliz de subir no pódio e entregar essa medalha para ele, que faz aniversário em agosto, e para toda a minha família. Chegar aqui e ser prata, ser porta-bandeira do Brasil, representar minha Bahia, meu Brasil, obrigado por todo mundo que acreditou em mim. Eu saí de uma modalidade pequena, e hoje o Brasil inteiro sabe do tamanho da canoagem”, disse o canoísta em entrevista para a TV Globo.
Com esse resultado, Isaquias chegou ao quinto pódio olímpico na carreira e se igualou aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael no ranking de brasileiros com mais medalhas olímpicas, atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, que lidera o ranking com seis medalhas.