O verde ultrapassou o cinza de nossos sertões logo no início das pequenas chuvas de verão. O Rio Salgado que desce por baixo da nossa lindíssima Ponte Piquet Carneiro, em Icó, nestes dias está de barreira a barreira e a moçada eufórica pulando de seus imponentes arcos, nos leva ao seu encontro com o clima ameno e o calor da emoção do nosso povo sertanejo.

Os ventos do Aracati, dantes às 21 horas, deram uma adiantada em seus ponteiros, com a devida vênia aos aracatienses, doravante para as 19 horas. As chuvinhas chegam com o cheiro do orvalho da noite. O sol, brincando de esconde-esconde, aparece e some o dia todo.

Enquanto isso, vamos sabendo das últimas notícias que na macrorregião Cariri é chuva muita e muita chuva.
Como diria um amigo metido a poeta e ousado como sempre: “Não tenha cerimônia; pode vir às chuvas.”
Agradecem o Castanhão, o Lima Campos e o Orós de todos nós, por mais águas para o abastecimento humano e animal.

Em Várzea Alegre, terra dos contrastes, as chuvas não só encheram os açudes e barragens, mas suas forças fizeram arrombar todas elas, onde a prefeitura local e o Governo do Estado estão fazendo todos os esforços juntos para salvaguardar a vida dos munícipes e manter intacto os seus sagrados lares.

Em Lavras, terra da valente Federalina, muitas chuvas de março de ventos fortes também agitaram a regra da calmaria da cidade. Apesar da alegria que vem dos céus e do medo pelo excesso d’água, o nosso povo segue sem reclamar porque Deus sempre sabe o que faz. “Sonhar no dia em que o Salgado vazar A terra boa vai, enfim, verdejar conversa à toa no Mercado a toda hora.”