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7 de fevereiro de 2025

O problema da quantidade de vagas de estacionamento

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Já citei diversos problemas causados pelo uso excessivo de carros, como poluição, elevado número de mortos e feridos no trânsito, alto investimento em infraestrutura para fluxo dos veículos, e poderia continuar esta lista com alguns outros. Mas tem um problema, menos falado que os anteriores, que também afeta as cidades: estacionamento. Para começar a falar de estacionamento, basta imaginar que para cada novo carro em uma cidade, se for utilizado diariamente, são criadas pelo menos 2 vagas de estacionamento, uma na residência do(a) proprietário(a), e outra no trabalho ou outro local onde passe o dia. Pesquisadores nos EUA estimam que o número real seja em torno de 4 vagas para cada novo veículo, pois precisam também de vagas nas ruas ou em todo tipo de estabelecimentos que os donos frequentem.

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Como o número de veículos ainda é crescente no nosso país, em especial nas maiores cidades – que já têm pouco espaço livre – fica claro que o número de vagas não pode crescer num ritmo 4 vezes maior, pois o espaço é finito. Na realidade, precisamos de um limite para o espaço cedido a estacionamento.

Legislações que vêm da década de 1930, mas ainda válidas em muitas cidades até hoje, estabelecem quantidade mínima de vagas em cada tipo de construção na cidade, desde residenciais até os maiores complexos de lazer ou de compras. Se uma pessoa não pode sequer construir uma casa sem uma garagem, ou precisa cruzar a pé um estacionamento enorme para chegar num shopping, estádio ou centro de convenções, isto é um estímulo ao uso do carro.

Por sorte, algumas cidades vem eliminando esta exigência mínima, e em alguns casos até limitando um valor máximo de vagas, especialmente em locais próximos a grandes estações de transporte público. Me agrada muito ver comércios que trocam algumas vagas (ou todas!) por mesas para clientes, deixando o ambiente mais agradável (e seguro) para quem frequenta ou passa pela frente. É um assunto importante para mudarmos nossas cidades, e pretendo falar mais sobre ele.

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