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21 de maio de 2025

O outro lado da vilania

Estamos vivendo um momento de explícita disputa de canalhice. O pior é esse empate formidável

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A vilania possui quatro acepções gramaticais: 1 – caráter ou atributo do vil, indigno, vilanagem; 2 – comportamento ou ato vil ou indigno; baixeza, vileza; 3 – ofensa dirigida a alguém; afronta, ultraje; 4 – estreiteza de espírito, falta de generosidade, avareza, mesquinhez. Estamos vivendo um momento de explícita disputa de canalhice. O pior é esse empate formidável. Pior, maior ainda é a carência de inocentes, de puros, mas o exagero da existência dos ímpios. Na vilanagem não existem limites e sobra a baixaria das ofensas, o oportunismo das acusações contra os ausentes e o aplauso ou simpatia dos canalhas de plantão. Os argumentos fedem.

A hermenêutica prostituiu-se com a presença exagerada dos covardes disfarçados de guerreiros que defendem ou se locupletam com as narrativas das prateleiras do momento. As interpretações são mesquinhas e flutuam na lama logo abaixo do fundo desse poço. Cento e sessenta milhões, digamos assim, buscam argumentos antagônicos para colocar na cadeira o seu escolhido. A lisura passou ao largo das mínimas regras do respeito pelas ideias e preferências do outro. Cada uma dessas metades – oitenta milhões, avoca para si uma razão argumentativa blindada intransigente e que não aceita o contraditório e desmerece as provas contundentes e irrefutáveis de todos os crimes cometidos.

Firulas e filigranas; oportunismos pálidos de torcidas apaixonadas são aceitas para inchar a grita da turba ignara. E esses vibram, aplaudem e se vangloriam gritando vitória antes do fim do fim do jogo.

Sim, jogo de butim farto que enche os olhos dos oportunistas. Quem são os bons? Quem é o pior entre os ruins? Respostas difíceis. E agora? À falta de argumentos sólidos para embasar projetos que ajudem na construção do país, fazem uso da sordidez, do desrespeito a uma criança de doze anos chamando-a de puta. Logo por quem… Uma jornalista, uma mulher, como argumento para se vingar ou defender adolescentes que vieram fugidas de governos desavergonhados de meia-parede com o quintal do nosso país. A cretinice do oportunismo dessa mocinha irresponsável nem procurou embasar seu texto de Twitter em uma pesquisa simples do Google. Querem ver?

No dia três de agosto de 2022, o jornalista Rogério Júnior publicou no G1, uma matéria com o seguinte título: “Exploração Sexual INFANTIL sobe 50% em um ano em MT, aponta pesquisa…” O jornal A VERDADE – que se diz um jornal dos trabalhadores na luta pelo socialismo mostra, em sua edição eletrônica e com ilustração, matéria encimada por um título 500 MIL CRIANÇAS SÃO VÍTIMAS DE EXPLORAÇÃO SEXUAL, ilustrada com a fotografia de duas crianças e a legenda bizarra: “a cada 26,7 km há um ponto de exploração sexual infantil nas estradas brasileiras. O texto de Indira Xavier, de Belo Horizonte. Senhores cheios de argumentações com falsa solidariedade às crianças venezuelanas, ponham vergonha nas nossas caras de pau, solidarizem-se é ajam com força e altivez contra os que exploram muito mais as nossas crianças brasileiras e que deixem de lado o oportunismo barato que faz uso do episódio das coitadas meninas fugidas do Nicolás PODRE da pobre Venezuela “cumpanhera”.

A vilania tem dois lados: o da impropriedade do “pintou um clima” e o da agressão contra a menina Laura (vamos dizer nome de ficção). Vocês não respeitam ninguém. Não usem narrativas, interpretações oportunas, não bebam doses exageradas de mesquinhez para a festa que antecede uma ressaca moral de consequências imprevisíveis.

Por Antonio Capibaribe Neto, colunista do OPINIÃO CE. 

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