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9 de dezembro de 2024

O mercado define a guerra, o desemprego e a fome

No noticiário, nada muito animador

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Antes de dormir, ainda tenho o hábito de deixar anotado os afazeres do dia seguinte. (é o novo!). Como todo cidadão, fui dar uma olhada nas notícias da reunião do G20 em Nova Delhi, Índia. No noticiário, nada muito animador: “A diretora-geral do FMI pede reforço na arquitetura financeira global” e “Os líderes financeiros do G20 não chegam a nenhum consenso sobre o conflito Ucrânia e Rússia”.

Na semana anterior, eu já havia ficado bastante preocupado, ao saber da aproximação e apoio do governo chinês à Moscou e, agora, no G20 o primeiro ministro indiano declarou “que não aceitava discutir mais sanções sobre a Rússia”. Esses caras estão loucos?! Será que vamos ter uma Terceira Guerra? De fato, como promessa de campanha do PT e, como já se esperava, o Brasil se saiu bem na fita no encontro do G20.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov anunciou que pretende visitar o Brasil e no encontro com o diplomata brasileiro, o secretário de Estado americano Antony Blinken disse que “o Brasil será o próximo país a assumir dia 1º de dezembro a presidência rotativa do G20. O Brasil voltará a sediar encontros a ter importância na diplomacia internacional. Ninguém duvida que essa valorização econômica e diplomática não seja importante para o nosso desenvolvimento socioeconômico, mas, por outro lado, uma tarefa difícil.

Basta observar os interesses divergentes dos EUA e da Rússia na geopolítica da guerra da Ucrânia e os interesse econômicos mútuos da China e do Brasil. O governo brasileiro terá que ser muito habilidoso em suas tomadas de posições diante desse jogo de xadrez das grandes potências. Ano passado, um acordo mediado pela ONU e a Turquia aliviou a escalada de preços dos alimentos reduzindo a fome nos países em desenvolvimento. No G20, o chefe da diplomacia dos EUA pediu à Rússia que prolongasse os acordos de cereais com a Ucrânia.

No Brasil, independente das discordâncias de números, dos estudos e avaliações sobre a fome realizados por ONGs, instituições não governamentais ou governamentais ou de capitalistas ou ditos “socialistas” não chegarem à um consenso – será que ainda existe alguém que acha mesmo que esse país continental não tem fome?! A Mesa Diretora da Alece, está de parabéns pela aprovação e criação de novas comissões, como a de Proteção Social e Combate à fome. O combate à fome e a proteção social sempre foram bandeiras do PT.

Pois é, muda-se o governo, mudam-se os interesses e os propósitos sociais.

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