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13 de outubro de 2024

O impacto da quadra chuvosa de 2022 nos reservatórios cearenses

Confira a coluna de Elba Aquino desta terça-feira, 14.

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Bom nível de abastecimento em açudes estratégicos. Isso significa muito para a reserva hídrica cearense. Esses reservatórios foram projetados e construídos em locais minuciosamente pensados para assegurar a carga, a recarga e a distribuição de água. Eles formam uma rota específica que corta o sertão alimentando outros reservatórios, rios, córregos, fornecendo água para adutoras, canais… é uma engrenagem de fato estratégica para levar água a locais secos e de difícil acesso.

Os números da temporada de chuva mostram o saldo positivo e desenham a temporada de estiagem com um certo conforto hídrico. A quantidade de açudes sangrando – a maior dos últimos 13 anos – precisa sim ser comemorada. Mas, para além da celebração de fartura hídrica é preciso entender a responsabilidade do poder público e de cada um de nós no uso racional, no combate ao desperdício.

Assim como a chuva que vem e vai, a água armazenada não é um recurso permanente. Os 44 açudes que estão sangrando rapidamente vão fornecer essa água para o consumo e numa velocidade imprevisível, uma vez que a demanda é sempre crescente.

Sim, temos estrutura de armazenamento, logística de distribuição, mas ainda somos minúsculos diante da natureza e das incertezas climáticas potencializadas por inúmeras modificações e agressões ao meio ambiente. Precisamos avançar na consciência ecológica, na responsabilidade ambiental, assim como avançamos na infraestrutura de convivência com a seca.

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