Voltar ao topo

21 de março de 2025

O dia em que a terra parou

Compartilhar:

Aterra parou naquele dia. Ensolarado, bonito e calmo. Naquele dia, as pessoas falaram. Umas olharam para as outras, e para dentro de si. Tentaram enxergar, e se enxergar. Ao se enxergarem, enxergaram algumas coisas. Outras coisas… Ainda não.

Foto: Pexels

No dia em que a terra parou, algo ecoou. Era apenas um presságio daquilo que viria: dor, sofrimento, sede, alegria, contentamento. Tudo misturado. No dia em que a terra parou, sobrou gente. Gente mesmo, dessas com coragem de dizer e seguir. Coragem de se entregar, de não acumular. De gritar ao mundo e se segurar na imensidão do eco para viver o que manda a alma.

Um dia comum? Jamais. Dias comuns são muito comuns. Gente igual, fazendo tudo igual, continuando igual aquilo que já era igual. Gente demais sem sal, sem graça, sem vontade e sem Verdade. Gente que repete, não questiona e não tem aquele tempero tão importante chamado opinião.

Mas, no dia em que a terra parou, não. Naquele dia ensolarado, bonito e que parecia calmo, nada de calmo sobrou. Mas sobraram aquelas pessoas. Cheias de vida, lutando pelo que acreditavam, incansáveis de questionar, e de se questionar também. De defender até o indefensável. De amar aquilo que se ama. De amar até a última gota.

[ Mais notícias ]