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21 de abril de 2025

O Clássico-Rei

O Ceará consagrou-se bicampeão cearense no último sábado (22)

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Os “iluminados” dizem que o centroavante é uma posição em extinção. Pois o centroavante Pedro Raul jura que não. Vinha mostrando que o Ceará tinha acertado na mosca ao contratá-lo. Fez um gol contra o Confiança e outro contra o Fortaleza, que decidiu o título. Duas pinturas.

Um deles vindo de um cruzamento do lado esquerdo feito por Matheus Bahia e o outro, do lado direito do ataque feito pelo Fabiano. Comum aos dois lances, o senso de antecipação do atacante e a cabeçada certeira em direção à meta, sem qualquer chance para o goleiro. O Ceará é bicampeão cearense.

Como era de esperar e acontece todo ano, a final foi contra o Fortaleza. Se o clássico em si já mexe com as veias da cidade, imagina só o que não causa ao torcedor alvinegro a sensação de ver o seu rival ocupar um lugar de destaque no futebol brasileiro.

Daí a luta bem sucedida em voltar para a primeira divisão e, consequentemente, o título estadual. E aí, caro leitor, vou tirar o chapéu para o técnico Léo Condé, para o diretor de futebol Haroldo Martins e para a torcida alvinegra – em meio às crises internas que afetaram o clube, ela nunca abandonou o time.

Como a vida gosta de pregar peças, foi justamente contra o seu rival local que o Fortaleza viu ser desbancada sua autoridade de melhor equipe do Nordeste. É provisório? Claro que sim. Até porque o Fortaleza tem munição de sobra para enfrentar seus próximos compromissos.

Tirando a emoção que permeia todos os jogos decisivos, o clássico foi pobre, tecnicamente. Os goleiros não foram notados, o que comprova a ausência de finalizações. A atuação desastrada e inexplicável do zagueiro Gaston Ávila foi determinante nos dois jogos. No primeiro jogo, cometeu um pênalti infantil ao derrubar um atacante alvinegro e, na segunda partida, entrou no segundo tempo no lugar de Brítez e, com cinco minutos dentro do campo, deu uma voadora em Fernando Sobral. Foi expulso – um jogador a menos sempre custa muito caro.

E olhem que o Fortaleza chegou a fazer o primeiro gol, com um homem a menos. Não durou muito tempo. Alguns minutos passados e Pedro Raul, o homem que ocupa a posição em extinção de centroavante, se antecipou a Tinga e fez a galera alvinegra explodir de alegria.

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