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5 de novembro de 2024

“Nossa intenção é ampliar o projeto”, revela diretor da escola cearense vencedora do ‘Melhores do Mundo’

Projeto com apoio à saúde mental foi destaque do Prêmio Melhores Escolas do Mundo e vencedora da categoria ‘Apoiando vidas saudáveis’ com o projeto ‘Adote um Estudante’
O projeto reúne psicólogos voluntários, de diversas partes do Brasil. Foto: Reprodução/EEMTI Joaquim Bastos Gonçalves

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Para enfrentar problemas de ansiedade, transtorno de depressão, baixa autoestima, dificuldades de comunicação e de socialização entre os alunos da escola municipal Joaquim Bastos Gonçalves, em Carnaubal, Guilherme Barroso, professor de Educação Física da instituição, sugeriu que escola criasse o projeto “Adote um estudante”. O objetivo foi minimizar os efeitos da pandemia no retorno às aulas presenciais, em 2021. O professor, que também atua como diretor de turma na instituição, não imaginaria que o projeto garantiria o 1º lugar na categoria ‘Apoiando vidas saudáveis’, do ‘Prêmio Melhores Escolas do Mundo’, e traria para todos os cearenses a esperança de uma educação de qualidade com fomento à saúde mental.

Em entrevista ao OPINIÃO CE, Helton Souza, diretor da escola, pontuou que é necessário refletir sobre a promoção da saúde mental e agir no que concerne ao adoecimento da população jovem. O diretor revelou que o dinheiro da premiação, cerca de R$ 250 mil, será usado para ampliar o projeto e investido na construção de uma sala de acolhimento para os estudantes. “Nossa intenção é ampliar a demanda, o número de voluntários e com o prêmio conseguir construir uma sala de acolhimento adequada, em que o aluno sinta-se bem. Nós temos um público heterogêneo, por isso, precisamos identificar, acolher e direcionar”, destaca.

“Em algum momento, parte da população de Carnaubal passou pela nossa escola, seja trabalhando, seja estudando. Foi emocionante ver os relatos de ex-alunos que assistiram a premiação em uma plataforma de vídeos. Para a escola é muito honroso receber as felicitações e o reconhecimento do trabalho”, afirma o diretor Helton Souza.

O projeto funciona não só como uma psicoterapia, mas como uma escuta ativa, onde o aluno pode ser ressocializado e integrado à sociedade. Além disso, a escola também oferta a “arte terapia”, que possibilita aos estudantes trabalhar suas emoções através da cultura, do crochê e da arte. A ação ganhou destaque na internet e colocou em discussão a promoção da saúde mental dentro das escolas e na educação do País como um todo.

Foto: Reprodução/EEMTI Joaquim Bastos Gonçalves

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