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8 de dezembro de 2024

Norte-americanos vão às urnas decidir o destino dos Estados Unidos entre Kamala e Trump

Mais de 80 milhões de eleitores resolveram antecipar o voto, para evitar longas filas nas seções eleitorais. A candidata democrata Kamala Harris antecipou o voto quando estava em campanha na Pensilvânia
Foto: Reprodução/ Redes Sociais

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A eleição presidencial dos Estados Unidos, que ocorreu nesta terça-feira (5), promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos. O destino dos norte-americanos está entre a atual vice-presidente, Kamala Harris, do Partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano, que não conseguiu se reeleger em 2020, sendo derrotado por Joe Biden, em um pleito que Donald, até hoje, não aceita o resultado.
Como a votação é indireta, nenhum dos eleitores escolhe diretamente os candidatos. Nos Estados Unidos, a disputa presidencial não se baseia apenas no voto popular, mas no sistema conhecido como colégio eleitoral. Nesse sistema, o candidato vencedor em cada estado, bem como no Distrito de Colúmbia, onde fica Washington, recebe os votos aos quais cada estado tem direito dentro do colégio eleitoral, ou seja, o vencedor leva tudo. No caso, todos os votos dos delegados de cada estado.

Esta quantidade de votos é definida com base no tamanho da população estadual. Nos estados do Nebraska e Maine, os candidatos levam os votos proporcionalmente, de acordo com os distritos eleitorais em que vencerem.

O colégio eleitoral é formado por 538 delegados. Para vencer, é preciso conquistar 270 votos. Dessa forma, o vencedor não é necessariamente o ganhador no voto popular. Isso, inclusive, já ocorreu em alguns pleitos. Em 2016, Donald Trump foi eleito tendo quase 3 milhões de votos a menos que a democrata Hillary Clinton.

A Califórnia é o estado com maior número de delegados, 54. O segundo estado com mais delegados é o Texas, com 40; seguido da Flórida, que tem 30; Nova York, 28 e de Illinois e Pensilvânia, com 19, cada um. Os com menor número são Dakota do Norte, Delaware, Dakota do Sul, Vermont, Wyoming, distrito de Columbia e Alasca, que elegem três delegados, cada; Maine, Montana, Idaho, New Hampshire, Virgínia Ocidental, Rhode Island e Havaí têm quatro, cada.

Historicamente, existem estados em que o resultado da disputa costuma ser mais previsível, com eleitores tradicionalmente apoiadores de um ou outro partido. Também há estados em que não há maioria absoluta nas intenções de voto. São os chamados estados-pêndulos, aonde qualquer partido pode sair vitorioso. Sete estados são considerados pêndulos: Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.

No caso de um empate de 269 a 269 votos, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos escolhe o vencedor, com a delegação de cada estado tendo direito a um único voto.

VOTO ANTECIPADO

Outra peculiaridade do sistema eleitoral norte-americano é que alguns estados permitem o voto antecipado, como forma de evitar longas filas e tumulto no dia das eleições, principalmente porque, no dia do pleito, sempre na primeira terça-feira de novembro não é feriado. Pelo processo antecipado, o eleitor pode mandar seu voto pelo Correio, até mesmo do exterior, ou depositá-lo em locais predeterminados. Mais de 80 milhões de eleitores votaram dessa forma, inclusive a candidata Kamala Harris.

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