Narrativa é a palavra da moda na política brasileira. Pois bem. As frequentes na frenética campanha eleitoral para o Governo do Ceará mostram um quente debate sobre pautas cotidianas do cearense: violência, saúde e emprego. A novidade é a discussão envolvendo o PT e o PDT, ex-aliados que caminharam juntos por quase 16 anos, debatendo os grandes temas. O Capitão Wagner sempre criticou. Está feliz e até coloca uma exclamação: “Viram como eu tinha razão!”
Os desalentados, pessoas que cansaram de procurar emprego, não conseguem entrar ou voltar ao mercado de trabalho, se tornaram a grande preocupação. 700 mil jovens desempregados exibem um quadro mais agudo do problema, que é a não geração de empregos. É bom acompanhar a evolução da discussão, para conhecer quem melhor pode construir saídas à tão grave situação.
Outro duro debate travado na primeira semana de campanha foi sobre cirurgias eletivas, aquelas marcadas com dia e hora certos, por não serem de urgência. A Secretaria de Saúde do Ceará tinha uma lista com mais de 38 mil pessoas aguardando agenda para cirurgias até a metade do ano de 2021. Não existe um número mais recente. Os candidatos dizem que pode ser o dobro.
A verdade é que a complexidade do tema remete a situações revoltantes como a do cidadão não poder recuperar movimentos do corpo ou até mesmo perder a visão, porque não operou de catarata a tempo. Em breve, teremos números reais e propostas para resolver as questões. Na narrativa sobre facções, estão surgindo diversas versões. A mais preocupante é a de que essas organizações criminosas estariam dominando todas as periferias dos 184 municípios do Ceará, sem serem combatidas.
Pior: estariam elegendo vereadores e prefeitos. Se confirmado esse claro sinal de inversão de valores, com o poder público se tornando refém das facções, algo mais forte deve ser pautado nos planos de governo dos candidatos que se propõem a governar o Ceará. O problema está se revelando bem mais grave do que o relatado no noticiário do cotidiano de violência dos municípios cearenses. A campanha eleitoral e os debates são necessários. Passamos a conhecer fatos que estavam embaixo dos tapetes.
Moroni abre comitê
Candidato a deputado federal, Moroni Torgan (Cidadania) inaugura, nesta terça-feira, 23, seu comitê central de campanha, às 18h23, na avenida Barão de Studart, 2559.
Antônio Nei deixou a Regional I
O secretário da Regional I, Antônio Nei, deixou o cargo. Passou na sede da regional, se despediu dos funcionários e não mais compõe a equipe do prefeito José Sarto. O cargo pertence ao PSDB no acordo político que elegeu o prefeito. Caberá ao senador Tasso Jereissati fazer a nova indicação.