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15 de outubro de 2024

“Não vamos negociar anistia com amotinados”, diz RC sobre motins da PM no Ceará

O ex-prefeito de Fortaleza foi indagado se adotaria a mesma postura do ex-governador Camilo Santana (PT), antigo aliado, que reagiu de forma dura no motim de 2020
Foto: JOÃO DIJORGE/Estadão Conteúdo

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Em sabatina realizada nesta segunda-feira, 15, o candidato ao Governo pelo PDT, Roberto Cláudio, foi enfático ao responder questionamento sobre a ocorrência de motins de policiais militares que ocorreram no Ceará em 2012 e 2020. Em vencendo a disputa e tendo que enfrentar um novo movimento, RC disse que não iria “negociar anistia com amotinados”. O ex-prefeito de Fortaleza foi indagado se adotaria a mesma postura do ex-governador Camilo Santana (PT), antigo aliado, que reagiu de forma dura ao motim de 2020.

“Não vamos negociar anistia com amotinados. Ao mesmo tempo que garantimos toda a proteção, o estímulo à carreira policial, os incentivos salariais, qualidade do trabalho, a gente precisa definir muito bem o limite entre o bom trabalho policial e o mau trabalho policial”, disse RC, que vem apostando no tema da segurança pública nas últimas sabatinas na qual participou. “O bom trabalho policial é heróico, tem um papel central na segurança e vida da nossa gente e precisa ser protegido, fortalecido, preservado. Do outro lado, não só o motim, mas toda a natureza de desvio de conduta precisa ser severamente punida”.

“A responsabilidade, o heroísmo e também a severidade nas respostas aos maus comportamentos que vão, na minha cabeça, restabelecer a hierarquia, a disciplina tão importante numa força policial como a nossa aqui no estado do Ceará.”

A sabatina foi realizada pelo programa Jogo Político, do Jornal O Povo, nesta segunda-feira.

Durante a entrevista, Roberto Cláudio também falou sobre a ruptura da aliança que já durava 16 anos com o PT após escolha de seu nome em detrimento da reeleição da governadora Izolda Cela (sem partido). “Era natural e legítimo que ele [Camilo Santana], como pessoa física, já de fora do Governo, tivesse uma preferência pessoal [por Izolda] e eu entendo isso como algo legítimo. Não me causa nenhum tipo de carência afetiva. Mas, após o Diretório, tentei contato com o Camilo algumas vezes, e essa conversa nunca foi agendada”, disse RC, em referência à votação que definiu sua candidatura, no último mês.

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