O presidente estadual do PDT no Ceará, deputado federal André Figueiredo, adiantou em entrevista exclusiva ao OPINIÃO CE que “não haverá disputa” interna para a presidência da sigla no Estado. Recentemente, ao jornalista Roberto Moreira, o senador Cid Gomes disse que “disputaria” a vaga de Figueiredo. “Não tem nada marcado ainda [de convenção do diretório]. Vai ser deliberado. Como qualquer filiado, ele pode ser candidato, faz parte da democracia”, apontou Figueiredo.
“Não vai ter disputa. Isso significa que vamos dialogar, com paz, com tranquilidade. Hoje, se criam muito mais crises do que efetivamente existem. Por enquanto, estou trabalhando na liderança do partido”.
Após licença de Carlos Lupi para assumir ministério no governo Lula (PT), Figueiredo também acumulou a presidência nacional da sigla, que vive, hoje, no Ceará, uma crise interna no qual está dividido em dois grupos: de apoio ao governo Elmano (PT) e do quadro mais ligado ao ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), que preside o diretório municipal em Fortaleza. Após as eleições de 2022, o diretório estadual liberou a bancada na Assembleia Legislativa do Ceará.
“Eu, honestamente, acho, um que existe um pequeno pedaço do partido, que já não esteve com o PDT na eleição [de 2022], que se já tivéssemos uma janela partidária, já não estaria no PDT”, disse o ex-prefeito de Fortaleza em entrevista ao OPINIÃO CE. “Então, não é o que aconteceu agora, da decisão do partido de ser independente, que está influenciando a decisão de um e de outro“, afirmou, ao ser questionado sobre eventuais saídas de quadros partidários nos movimentos para as eleições municipais do próximo ano.
Outro nome importante do PDT, o deputado federal Mauro Filho, que foi pré-candidato do partido no pleito do último ano, defendeu “diálogo” com a base de Elmano. “Política é igual uma nuvem. Você olha pro céu e se tem uma situação, quatro horas depois muda totalmente o contexto. É um momento de trabalhar a unidade, baixar o nível de divergências que podem acontecer entre os vários partidos que compuseram essa base de apoio ao Governo do Estado. O meu perfil é muito mais de integração dessas forças. Vamos deixar isso pro momento oportuno, de discutir o caminho que a gente tem que tomar a partir de abril de 2024″, afirmou.
CID GOMES
Em maio último, durante evento com produtores de Quixeramobim, o senador Cid Gomes afirmou que pretende se candidatar, na próxima definição do diretório estadual do partido, à presidência da sigla. Cid disse, na ocasião, representar “o sentimento majoritário” do PDT. “Vamos ter um momento em que o diretório do PDT será renovado. Todo dia, fica gente plantando futrica de que eu vou sair do PDT. Eu não tenho a menor intenção de sair do PDT, é zero a possibilidade de sair, estou na liderança do PDT no Senado, entusiasmado”.
“Tanto não quero sair [da sigla] como estou compreendendo, e isso não é uma vaidade pessoal, que eu represento o sentimento majoritário do PDT estadual hoje no que diz respeito ao Ceará e estou cogitando, no momento do diretório e da executiva, a me candidatar à presidência estadual”, declarou.