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5 de novembro de 2024

“Não há mais dúvidas, teremos uma seca no ano que vem”, diz presidente da Funceme

Os dados indicam o aumento na temperatura do oceano, causando o fenômeno conhecido por El Niño
Município de Jaguaruana. Foto: Natinho Rodrigues

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Aconteceu nesta terça-feira (21), a 114ª Reunião Ordinária do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará (Conerh). O encontro foi realizado no auditório da Cogerh, em Fortaleza, tendo como principal objetivo discutir o aporte hídrico do Ceará, com a Cogerh, além das perspectivas do El Niño na quadra chuvosa de 2024, com dados da Funceme. Na oportunidade, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, apresentou aos conselheiros presentes os cenários previstos. Os gráficos apresentados pelo técnico indicam o aumento na temperatura do oceano, causando o fenômeno conhecido por El Niño.

Segundo ele, as previsões confirmam o que já havia sido cenarizado anteriormente. “Não há mais dúvidas, teremos uma seca no ano que vem. A Funceme foi a primeira instituição a alertar sobre isso há um bom tempo e agora provamos que não há possibilidade de termos uma boa quadra chuvosa com o cenário que temos hoje. Será impossível termos um bom aporte e deveremos trabalhar nisso, colocando em prática nossos aprendizados obtidos nos anos de seca”, avaliou Eduardo.

RESERVA HÍDRICA

Durante o encontro, o diretor de Operações da Cogerh, Tércio Dantas, abordou a situação hídrica do Ceará. Registrando um percentual equivalente a 40% da capacidade total, o técnico estimou que, seguindo as previsões da Funceme, o Ceará deve chegar ao fim da quadra chuvosa de 2024 (fevereiro a maio) com 29% de sua capacidade – considerando aporte nulo. “É importante destacar que nos últimos tempos tivemos uma grande quantidade de obras, como melhoramento de sistema de bombeamentos e construção de adutoras. A Cogerh esteve se preparando para momentos como esse, de forma que chegue água suficiente para a casa das pessoas”.

“Temos monitorado as áreas mais vulneráveis e sido cautelosos”, alertou o secretário dos Recursos Hídricos, Ramon Rodrigues. Na Bacia Metropolitana de Fortaleza, segundo ele, o estoque é razoável. “Mas reforçamos a importância do cuidado no uso da água. Pretendemos intensificar os encontros de discussão sobre ações de contingência de secas; temos levado para a Casa Civil essa pauta, investindo em campanhas para buscar o engajamento de todos os setores na conscientização da economia de água“. O Conerh é composto por 24 conselheiros distribuídos entre representantes de Secretarias e demais instituições estaduais com atuação na gestão ou no uso dos recursos hídricos.

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