É sim um tempo de luta. Mas qual tempo não foi? Embora com as lutas que não podem ser ignoradas, quanto mais o tempo passa, mais medito sobre o quão passageiro é tudo por aqui. A gente vem… E vai. Às vezes — com muito juízo — conseguimos eternizar alguns feitos ou palavras. Mas tudo, tudo passa. No andar das pessoas do Mosteiro que visitava, eu via calmaria. As irmãs e os freis num andar quase flutuante. Palavras calmas, baixas e lentas. Nada era como aqui. O tempo parecia outro. Pensava comigo: será que aqui há do mesmo relógio que o meu? Mas não era sobre o relógio. Era sobre o percurso, mesmo. O nosso? Juntar tesouro na terra. Ter cada vez mais. Ser cada dia mais. O quê? Muitas vezes, nem sabemos. O deles: alcançar a paz. A Paz que excede todo entendimento.
E, quando a gente para pra meditar em como deveríamos andar, notamos algo precioso. Para onde estamos correndo com tanta velocidade? O que queremos alcançar? É. Que pensemos mais nisso. Que deixemos pessoas boas neste mundo, para que o mundo seja bom com elas. Que ajudemos mais o outro, olhemos com mais carinho para o nosso amigo. Que saiamos de nós mesmos muitas vezes, larguemos o egoísmo e desejemos a paz. Que a nossa luta seja verdadeira, e que o nosso querer seja Eterno.
