Para quem tem se sentido aflito e vem se debruçando sobre os números obtidos por Bolsonaro e Lula no primeiro turno, tentando projetar resultados para 30 de outubro, a Coluna oferece um ponto de reflexão. É pura aritmética. Aliados e simpatizantes de um lado e outro podem ficar à vontade, aliás. Ao avaliar os desempenhos nas urnas dos candidatos que agora estão no segundo turno, um analista local cravou: “É tecnicamente impossível virar”, diz, referindo-se a quantitativos registrados pela Justiça Eleitoral.
E continua: “A vantagem de Lula no Nordeste (que tem 27,11% dos eleitores do País) foi de 12.965.745 votos. Lula perdeu no Sudeste (onde estão 42,64% dos eleitores) por 2.433.435). A vantagem de Bolsonaro no Centro-Oeste (que tem 8% dos eleitores do País) foi de pífios 935.864 votos. E arremata: “Só o Estado da Paraíba mata essa diferença”.
O que é o que é?
Em resumo, não se pode ter como absoluto um ou outro cenário, mas é necessário considerar prognósticos demonstrados pelos números. Isso não é exatamente político, mas é essencialmente matemático.
Triste fim
Refletindo sobre o episódio em que Jair Bolsonaro admitiu querer comer um índio: já pensaram no que aquele índio escapou? Seria mastigado, percorreria os intestinos e sairia de maneira inglória do organismo de Bolsonaro. Sabem lá que desgraças de vida e morte teriam sido aquelas?
Bancando o delito
Tramita na Câmara federal projeto com o qual se propõe que o contribuinte pague por “assistência judiciária integral e gratuita aos membros das forças de segurança pública quando submetidos a processos administrativos disciplinares e judiciais”.
Sem mais
Significa o seguinte: se estivesse já vigorando, os policiais rodoviários federais que transformaram uma viatura em câmara de gás e assassinaram Genivaldo de Jesus em Sergipe, em maio passado, poderiam se valer do serviço. Os criminosos amotinados no Ceará – como o que atirou no senador Cid Gomes (PDT) – também.
Desvio
Não se trata aqui de negar direito a atenção jurídica a ninguém, mas de não impor ao cidadão que pague pela bala que o mata. Simples assim.
Apoio
A Assembleia Legislativa sediará nesta terça-feira seminário sobre a legislação que cria no Ceará o Código do Patrimônio Cultural. A iniciativa é do deputado Renato Roseno (PSOL), reeleito com largo apoio de agentes da cultura.
Onde estamos
O jornal Opinião (www.opiniaoce.com.br) e o portal InvestNordeste (www.portalinvestne.com.br) publicam esta Coluna . Os textos também podem ser encontrados no site https://bit.ly/3q4AETZ. Roberto Maciel participa, ainda, do podcast Papo de Cabeça, no YouTube (https://bit.ly/3cP1JHu) e nas plataformas Deezer e Spotify. O podcast, produzido em parceria com o jornalista Maurição Lima, aborda notícias, entrevistas e análises políticas.