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15 de janeiro de 2025

MPCE denuncia falso médico por falsificação de documentos, peculato e exercício ilegal da Medicina

O homem atuou ilegalmente em unidades de saúde dos municípios de Barreira, Baturité, Mulungu, Itapajé e Pentecoste
Além da falsificação de documentos e o exercício ilegal da profissão, o homem é investigado por enriquecimento ilícito e atividades criminosas em diferentes áreas- Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O Ministério Público (MPCE) denunciou, nesta quinta-feira (28), um homem pelos crimes de falsificação de documentos, peculato e exercício ilegal da Medicina. Na denúncia, realizada pela 93ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, foi destacado que o acusado teria falsificado o diploma de graduação da universidade boliviana Universidad Privada Abierta Latinoamericana (Upal) para obter registro no Conselho Regional de Medicina do Ceará, além de revalidar o diploma junto à Fundação Universidade Estadual do Ceará (Funece). O homem suspeito teria ainda sido contratado pelas prefeituras nos municípios de Barreira, Baturité, Mulungu e Pentecoste, atuando ilegalmente entre 2020 e 2021. 

A denúncia é referente a Thiago Celso Andrade Reges, de 38 anos, que já havia sido indiciado pela Polícia Civil (PCCE), sendo preso em março de 2023. Além da falsificação de documentos e o exercício ilegal da profissão, o homem é investigado por enriquecimento ilícito e atividades criminosas em diferentes áreas. Conforme a acusação do MPCE, o denunciado “alterou a verdade sobre fato juridicamente relevante, exercendo ilegalmente a medicina e apropriando-se de dinheiro público de diversos municípios em que foi contratado, por meio de Cooperativa de Trabalho, como médico”. 

OUTROS CRIMES

Conforme as investigações, o falso médico chegou a receber o salário mensal de R$ 42.500 quando atuava em Itapajé. Já no município de Baturité, ele recebeu o total de R$ 28.281,79. As irregularidades foram descobertas quando a Universidade Estadual do Ceará (Uece) constatou que o diploma apresentado por Thiago não havia sido emitido pela universidade boliviana. Com um patrimônio suspeito, sem indicar a origem, a Polícia Civil suspeita que o homem está envolvido em outros crimes, operando em uma rede de “laranjas”.

Nas redes sociais, o falso médico ostentava uma vida de luxo, em carros de alto valor e ao lado de celebridades. Nas investigações, foi apontado que ele comprou à vista um veículo de R$ 475 mil, além de existirem registros de depósitos frequentes em caixas eletrônicos sem ligação com atividades comerciais. A Polícia ainda descobriu que o homem acusado alugava uma baia em um haras para guardar um cavalo, se apresentando com criador de animais para justificar seus bens. 

Anteriormente, em 2013, Thiago foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão por envolvimento na Operação Delivery, que desarticulou uma rede de prostituição e exploração sexual de mulheres, incluindo menores de idade. Na época, a justiça também identificou um esquema de aliciamento e tráfico internacional envolvendo outros denunciados.

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