O Ministério Público do Ceará deflarou, na manhã desta quarta-feira, 8, a Operação Água Boa. A ação, que acontece por intermédio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e da 5ª Promotoria de Iguatu, com o auxílio da Polícia Civil, investiga supostos crimes contra a administração pública que teriam sido praticados no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Iguatu, no Centro-Sul do Ceará. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão contra servidores públicos, empresários e empresas fornecedoras, nas cidades de Iguatu e Icó.

O nome da operação faz alusão ao próprio nome da cidade que, em tupi-guarani, significa “água boa”. De acordo com as investigações, os contratos somados geraram pagamentos de mais de R$ 2,5 milhões. Conforme o MPCE, foi verificado que produtos de limpeza e de cozinha foram adquiridos, nos anos de 2017 a 2019, a quantias bem superiores aos preços de mercado. Mesma situação foi observada para aquisição de materiais elétricos e hidrossanitários. 

Esquema

Segundo o divulgado pelo MPCE, também está sendo investigado o suposto esquema de emissão de notas “frias”, onde funcionários do SAAE atestariam o recebimento de materiais que não entregues pelos fornecedores. “Há indícios, portanto, de que a fraude tenha tido participação de outros empresários participantes das licitações e de agentes e servidores públicos, os quais, supostamente no exercício de suas atribuições, permitiram e contribuíram para a prática dos crimes”, diz material publicado no site oficial do MPCE.

A Operação é resultado de investigações que tramitam na 5ª Promotoria de Iguatu e que acompanham a regularidade de processos licitatórios e contratos administrativos firmados pelo SAAE com empresas fornecedoras de materiais elétricos, hidrossanitários, de limpeza e de copa/cozinha.