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15 de outubro de 2024

Ministério da Saúde confirma 1ª morte por “varíola dos macacos” no Brasil

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, o País soma 1.066 casos da doença
Imagem de microscópio mostra vírus causador da varíola do macaco — Foto: Cynthia S. Goldsmith, Russell Regner/CDC via AP

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O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira, 29, a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O óbito aconteceu  em Uberlândia, Minas Gerais, na noite desta quinta-feira, 28. De acordo com o informações da Globo News, a vítima era um homem com comorbidades e que apresentava imunidade baixa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas cinco haviam morrido pela doença em todo o mundo durante o atual surto.

A entidade ainda não se manifestou sobre a vítima no Brasil. De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, o País soma 1.066 casos da doença, sendo a maioria em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira, também foram confirmados os primeiros casos da “varíola dos macacos” em crianças no território brasileiro.

Emergência

No último sábado, 23, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública, de caráter global. A entidade levou em consideração o cenário “extraordinário” da doença, que já chegou a mais de 70 países. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, com a nova realidade internacional, “busca-se aumentar a coordenação entre os países e reforçar os mecanismos de busca ativa, com o objetivo de implementar medidas que ajudem a conter a circulação do vírus”.

Em uma semana, o Brasil registrou um crescimento de 65% nas notificações de varíola dos macacos. Na quarta-feira, 27, os registros chegaram a 978 casos confirmados, conforme dados do Ministério da Saúde. Há uma semana, eram 592. São Paulo é o Estado com mais registros (744), seguido do Rio (117) e de Minas Gerais (44).

Transmissão e sintomas

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%. O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas.

O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.

Prevenção

Segundo o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem. Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas. A OMS afirma trabalhar em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral.

 

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