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21 de março de 2025

Minas Gerais registra primeiro caso de gripe aviária em pato

Conforme o Mapa, a influenza aviária de baixa patogenicidade não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas do Brasil
Foto: Reprodução/Agência Brasil/Pedro Vilela

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O estado de Minas Gerais registrou seu primeiro caso de gripe aviária. O vírus foi detectado em um pato de vida livre da espécie Cairina moschata, no município de Pará de Minas, pertencente a Região Metropolitana de Belo Horizonte, cerca de 90 km da capital mineira. Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou que se trata de um caso de influenza aviária de baixa patogenicidade (H9N2), que geralmente causa pouco ou nenhum sinal clínico nas aves.

A pasta detalhou também que a detecção de um novo subtipo do vírus não tem relação com os focos confirmados de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que podem causar graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade. “Não requer a aplicação de medidas emergenciais e não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP [influenza aviária de alta patogenicidade]”.

O Mapa ressaltou ainda que a influenza aviária de baixa patogenicidade “não é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros”. O órgão frisou que os diversos subtipos do vírus da influenza aviária podem infectar esporadicamente outras espécies, como mamíferos, incluindo pessoas. Já os casos de infecção humana, conforme o ministério, são considerados esporádicos e relacionados à exposição sem proteção adequada às aves doentes, não havendo registro de transmissão entre humanos.

Todas as suspeitas de influenza em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios ou neurológicos devem ser notificadas ao órgão estadual de saúde animal, ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária. A pasta orienta que a população não recolha aves que encontrar doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo, no intuito de evitar que a doença se espalhe.

MAIS FOCOS

Nesta quinta-feira, 1º, mais seis focos de gripe aviária de alta patogenicidade foram confirmados no Brasil. Agora, são 19 focos em aves silvestres no país. Dos seis casos recentes, quatro foram identificados no Espírito Santo, sendo três no município de Marataízes, das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Thalasseus maximus (trinta-réis-real) e Nannopterum brasilianum (biguá), e um em Guarapari, da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando). Os outros dois casos foram recentes foram identificados no Rio de Janeiro, ambos da espécie conhecida popularmente como trinta-réis de bando.

EMERGÊNCIA ZOOSSANITÁRIA

Desde o último dia 23 de maio que o Mapa declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função dos casos de gripe aviária detectados em aves silvestres no país. Conforme a pasta, a medida, com validade de 180 dias, visa evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.

Ainda conforme o ministério, esta declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais.

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