Michelle Bolsonaro não citou o favorito nas pesquisas de intenção de voto, o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Mas aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm insistido nesse discurso. O deputado Marco Feliciano (PL-SP) disse, em entrevista à rádio CBN que o petista fecharia igrejas. O ataque fez com o PT entrasse com uma ação na Justiça do DF para fazer com que Feliciano prove o que acusou.
A pastora Camila Barros compartilha do pensamento da primeira-dama de combate às pautas de esquerda. Em entrevista ao portal Comunidade Evangélica Gilgal, em maio, declarou que não é possível uma mulher ser cristã e feminista ao mesmo tempo. “Não dá para ser cristã e feminista ao mesmo tempo. Por mais que as pessoas digam que sim. Não adiante você ter uma ideia, uma filosofia sobre aquilo e achar que isso tem que ser do jeito que você pensa porque o mundo não funciona como você pensa”.
No mesmo dia em que disse que o comunismo queima igrejas, Michelle também participou de um comício da ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), candidata ao Senado. No evento, a primeira-dama adotou um tom mais comedido e se limitou a fazer elogios a candidata e acusar os governos anteriores ao seu marido de corrupção, mas sem associar Lula a uma intolerância religiosa.
O segmento evangélico é um dos poucos onde Bolsonaro vence Lula, de acordo com a última pesquisa Ipec. O atual presidente tem a preferência de 47% contra 29% que querem o petista.