Redação OPINIÃO CE
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Apesar de ainda tramitar no Congresso Nacional para que seja oficialmente criado, o Agosto Verde está sendo executado pelas gestões públicas. O mês objetiva conscientizar sobre a primeira infância.
Em Fortaleza, no último dia 10, foi realizada a oficina de circo para crianças da Rede Municipal de Ensino, voltada a fortalecer o desenvolvimento nessa etapa infantil. O Governo Federal informa em uma de suas plataformas digitais as ações que ocorrerão em agosto para trabalhar a primeira infância no Brasil.
Até o final deste mês, devem haver reuniões temáticas, palestras e 14 webinários com as equipes que atuam em todo o país. “Investir na primeira infância pode romper o ciclo de pobreza e, ao mesmo tempo, garantir uma geração de crianças saudáveis, com potencial para aprender novas habilidades e de se socializar com as famílias e os amigos”, ressalta o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
O encerramento do Mês da Primeira Infância ocorre com a realização do curso “Gestão Estratégica para a Primeira Infância”, programado para entre os próximos dias 29 e 31.
Na Capital, na oficina, foram realizadas atividades de músicas, dança e brincadeiras circenses, como corda, malabares, bambolês, acrobacia de solo e acrobacia aérea no tecido acrobático com as crianças, em ação promovida pela Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (SME) e a Coordenadoria Especial da Primeira Infância (Cespi).
Além da oficina, a capital cearense marca o mês com a inauguração de salas de aleitamento materno e ponto de Leitura na Praça, oficina de circo, atividades de integração com a natureza e rota de turismo infantil, entre outras atividades.
A primeira infância é o período da vida humana compreendido entre os seus primeiros seis anos de vida, no qual o cérebro vive a etapa de maior desenvolvimento, de acordo com estudos científicos de áreas como a neurociência e psicologia do desenvolvimento.
O conceito está registrado no Marco Legal da Primeira Infância, lei de 2016 que garante os direitos relacionados a esse período da vida. É fundamental para esta etapa amar, brincar e cuidar, conforme defende a psicóloga e secretária nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério da Cidadania, Ely Harasawa.
“É esse laço que permite à criança se soltar para dar passos mais longos, aprender mais e enfrentar o mundo. É preciso reciprocidade. Se a criança não achar que existe um ponto seguro para ela, ela não vai se soltar.”
O conceito de ação e reação também é necessário para o desenvolvimento do cérebro, de acordo com a profissional. “É preciso haver essa percepção. Quando o bebê sorri, ele precisa ver o resultado de sua atitude. Quanto maior a variedade de estímulos e reações experimentada, mais seguras serão as respostas da criança.” Para a pasta, dar atenção, conversar e brincar durante os primeiros anos de vida têm papel transformador para as crianças.