Durante evento de celebração dos 44 anos da Lei da Anistia no Ceará nesta quinta, 31, o governador Elmano de Freitas (PT) informou que o Mausoléu Castelo Branco será substituído por um monumento em homenagem aos abolicionistas do Estado. No Palácio da Abolição, o equipamento leva o nome de Humberto de Alencar Castello Branco, o primeiro presidente do período da ditadura militar. Segundo Elmano, o local deverá abrigar restos mortais de abolicionistas.
“A Secretaria da Cultura, junto à Secretaria de Direitos Humanos, tem a missão de garantir que no Palácio da Abolição não ficará o mausoléu de quem apoiou a ditadura”, disse o chefe do Executivo cearense.
35 pessoas – 19 mulheres e 16 homens – serão homenageadas. São elas:
Mulheres
- Elenir Rodrigues Sales (in memoriam)
- Ermengarda Maria de Amorim sobreira
- Lúcia Rodrigues Alencar Lima
- Maria de Lourdes Miranda de Albuquerque (in memoriam)
- Maria Daciane Lycarião Barreto
- Maria do Carmo Serra Azul (in memoria)
- Maria do Socorro Saldanha e Silva Maria
- Maria Helena de Paula Frota
- Maria Josenilde Costa Cunha
- Maria Luiza Menezes Fontinele
- Maria Ruth Barreto Cavalcante
- Maria Valda de Albuquerque
- Nildes Alencar Lima
- Nilvia Maria de Amorim
- Raimunda Zélia Roberto de Carvalho
- Rosa Maria Ferreira da Fonseca (in memoriam)
- Sara Barroso
- Tereza Cristina de Albuquerque (in memorian)
- Wanda Rita Othon Sidou (in memoriam)
Homens
- Célio Miranda Albuquerque
- Dilmar Miranda
- Eudoro Walter de Santana
- Francisco Auto Filho
- Francisco Bianou de Andrade
- Francisco Horácio da Silva Frota
- Inocêncio Rodrigues Uchôa
- João Gomes da Silveira
- José Blanchard Girão Ribeiro
- José Clodoveu de Arruda Coelho Neto
- José Ferreira Alencar (in memoriam)
- José Valdir de Aquino (in memoriam)
- Luís Carlos Paes de Castro
- Luiz Edcard Cartaxo de Arruda (in memoriam)
- Messias Araújo Pontes (in memoriam)
- Tarcísio Leitão de Carvalho (in memoriam)
COMISSÃO ESPECIAL DE ANISTIA WANDA SIDOU
Além da substituição, também foi anunciado um acordo para manutenção de documentos históricos da Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou, a partir da identificação e higienização de processos. Cearense, Wanda foi advogada, e lutou pela defesa dos presos políticos nos anos da ditadura brasileira.
Segundo a secretária estadual dos Direitos Humanos, Socorro França, o que deve ser mostrado é que os valores do Estado são os da “igualdade, da dignidade humana e tudo que base da liberdade e direitos humanos”.
“Se temos uma constituição que tem a primazia dos Direitos Humanos, é óbvio que temos que homenagear aqueles que lutaram pela redemocratização do nosso país”, afirmou.
