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12 de setembro de 2024

Machismo é o principal obstáculo à ascensão da mulher na política, diz pesquisa

A ferramenta ajuda o eleitor se familiarizar com a urna e pode reduzir o tempo e a fila de votação nas seções eleitorais. Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

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Uma pesquisa inédita realizada pela Conecta – aceleradora que capacita mulheres para atuarem na política – mostrou que o machismo segue sendo o principal impeditivo para entrada das mulheres na política. Para 47,5%, trata-se ainda de uma cultura a respeito do papel feminino na sociedade. A pesquisa foi aplicada entre 1 e 12 de agosto e ouviu mais de 200 mulheres

A falta de apoio financeiro apareceu em segundo lugar, sendo apontada por 22,5% das entrevistadas. Outra razão apontada foi a visão da política como um meio corrupto (7,5%). Já a falta de segurança para candidatas mulheres durante a campanha e a ausência de apoio de outras mulheres aparecem com 5% cada. O levantamento foi feito usando Survey Monkey apenas com as mulheres que fazem parte do Conecta entre os dias 1 e 12 de agosto. Foram 201 respondentes. E mede apenas a visão do Conecta sobre o papel feminino na política.

O levantamento mostrou ainda que 47,5% das respondentes acreditam ser o melhor caminho para alcançar a igualdade de gênero na política o direcionamento de políticas públicas para participação das mulheres, independente do gênero do legislador. Na contramão, outras 42,5% acreditam ser fundamental aumentar o número de parlamentares mulheres no Congresso. Aumentar o número de mulheres em cargos do poder Executivo foi apontado por 10% das entrevistadas.

Mais da metade das mulheres entrevistadas pela pesquisa disseram que definitivamente não estão bem representadas na política. Foram 57,5% dos votos para esta opção, enquanto outras 30% afirmaram se sentir ‘não muito’ bem representadas. Apenas 12,5% se consideram bem representadas, embora considerem que há espaço para melhora. Ninguém se considerou muito bem representada.

‘Isso é um reflexo estatístico que corresponde a ausência de mulheres nos postos políticos. Nós somos a maioria da população, mas quando vamos ver nossos números dentro de Casas como a Câmara, por exemplo, estamos em torno de 15%’, afirmou Luana.

As cotas para as mulheres são enxergadas como uma excelente opção para promover a inclusão de gênero nas esferas do Poder, de acordo com a enquete realizada:  66,67% consideram uma ótima proposta de política pública, tanto para reservar espaço no Parlamento, quanto para o financiamento da campanha. Outras 12,82% das respondentes acreditam que esta é uma política pública ruim por ser discriminatória.

Estadão Conteúdo

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