O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai relançar o programa Minha Casa, Minha Vida em agenda no dia 20 de janeiro, na cidade de Feira de Santana, na Bahia. O (…) evento será usado para entrega simultânea de unidades habitacionais em outros municípios brasileiros. Quatro mil moradias estão aptas para distribuição no País, mas o governo ainda não definiu se todas serão repassadas na mesma cerimônia. Há um marco político na programação. É a substituição da carga negativa dos ataques terroristas de bolsonaristas em Brasília, no último dia 8, pelo elemento positivo que é a retomada de um programa de habitação popular. É óbvio que Lula quer ofuscar a hostilidade com a proposição. O Minha Casa, Minha Vida atuou em duas frentes a partir do lançamento, em 2009 (segunda gestão de Lula): a recomposição da economia, a partir do incremento de empregos e renda por meio da construção civil; o estabelecimento de uma política pública habitacional que ultrapassasse a condição de ação de Governo e se tornasse ação do Estado.
Não deu
Provas de que o MCMV superou fronteiras são os fatos de ter sido mantido na administração de Dilma Rousseff (2011-2016), de Michel Temer (2016-2018) e de Jair Bolsonaro (2019-2022). Bolsonaro mudou o nome, descaracterizou a ideia inicial, cortou verbas e alterou regras, mas não conseguiu extinguir o projeto.
Paralelo
A história que não se conta: o Minha Casa, Minha Vida está sendo relançado na mesma semana em que começa a funcionar a casa do Big Brother Brasil.
Erramos
Em nome da Imprensa – toda, querendo ou não – ousamos fazer uma correção. Tem-se lido e ouvido com frequência que o ex-presidente Jair Bolsonaro seria o “autor intelectual” dos atos terroristas em Brasília em 8.1, que deixaram no País as feridas da invasão e depredação do Congresso, do STF e da Presidência da República. Isso é falso. É fake news, como se diz.
Mandando uma real
Acontece que a expressão “autoria intelectual” pressupõe o uso do intelecto. Isso posto, é um equívoco atribuir essa tão necessária atividade humana ao dito-cujo. Desculpas, então, às senhoras e aos senhores.
Cores mil
De olho na saúde mental materna, o vereador Raimundo Filho (PDT) apresentou à Câmara de Fortaleza projeto que institui o “Maio Furta-Cor”. Apesar da importância do tema, vale lembrar que a ideia é clonada. Desde 2021 há projetos idênticos em outras casas parlamentares. Uma psicóloga e uma psiquiatra paranaenses criaram as bases da campanha.